Foto da enchente de 1975 no recife (presenteada por leitor) |
O Recife viveu uma tarde de pavor por conta de boatos de uma grande enchente que ocorreria nesta quinta-feira (05). Colégios fecharam as portas mais cedo, algumas repartições públicas decidiram encerrar as atividades antes do horário previsto e até um shopping na Zona Norte fechou preventivamente no meio da tarde e liberou os funcionários. O trânsito ficou caótico e muitas pessoas que estavam em ônibus decidiram deixar o veículo e seguir a viagem a pé.
Entretanto, a Defesa Civil do Recife (Codecir), explicou, por meio de uma nota, que não orientou o fechamento de qualquer estabelecimento comercial, escolas ou unidades de saúde por causa da elevação do nível do Rio Capibaribe. “A decisão de encerramento antecipado do expediente coube única e exclusivamente a esses estabelecimentos”, explicou o documento.
Entretanto, a Defesa Civil do Recife (Codecir), explicou, por meio de uma nota, que não orientou o fechamento de qualquer estabelecimento comercial, escolas ou unidades de saúde por causa da elevação do nível do Rio Capibaribe. “A decisão de encerramento antecipado do expediente coube única e exclusivamente a esses estabelecimentos”, explicou o documento.
Foto: Reprodução / TV Globo |
De acordo com o major Cássio Sinomar (foto), coordenador-executivo da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), apesar o aumento no volume das barragens de Tapacura e de Carpina, a situação não preocupa. “Não há nenhum indicativo de que ocorra uma enchente. Tapacurá está vertendo, como todo ano, e Carpina trabalha com um nível mais elevado. Por isso, liberamos água dessas barragens, para ela trabalhar com um nível mais baixo. Mas esse é um procedimento normal. Fizemos isso na Semana Santa e não houve nenhum problema”, explicou.
Ainda segundo o major, com a liberação dessas águas, aliada a um pico de maré, pode provocar cheia em algumas áreas ribeirinhas. “Não há razão para pânico. O que a Codecipe orienta é que as pessoas que não conhecem suas áreas, liguem para a defesa civil da sua cidade e procure informações. Eles tem esse mapeamento das áreas onde há possibilidade de cheia. Mas, não existe razão para pânico”, destacou.
Até o governador Eduardo Campos foi para uma rádio tentar tranqüilizar a população. “A situação neste momento é a mera alta. Então, o rio cheio, canais cheios também com águas que descem e, em alguns canais, não tendo para onde a água ir porque o rio está cheio e a maré está alta, então, eles transbordam. Isso não é enchente, é transbordar. Esse boato de enchente foi aumentado com as redes sociais agora”, disse.
O boato tomou conta das ruas e das redes sociais. A Universidade Católica de Pernambuco suspendeu as aulas, assim como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
“A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiu suspender suas atividades no final da tarde de hoje (5) devido aos alagamentos que estão ocorrendo na Região Metropolitana do Recife, dificultando, inclusive, o deslocamento das pessoas. Desta forma, o expediente da tarde se encerra mais cedo e as aulas da noite estão suspensas. O Restaurante Universitário também não funciona no período da noite. Estão mantidos os serviços essenciais”, disse a nota.
O Shopping Plaza também decidiu fechar as portas às 15h30. “Diante da previsão de fortes chuvas, para preservar os clientes e funcionários de maiores transtornos, o Plaza Shopping encerrará suas atividades excepcionalmente hoje, às 15h30. Amanhã abriremos normalmente”, alertou o documento.
BOATO EM 1975
O boato que provocou medo esta tarde, no Recife, fez muita gente lembrar um episódio semelhante que ocorreu em 1975. Entre os dias 17 e 18 de Julho daquele ano, um enchente deixou 80% do Recife sob as águas. Outros 25 municípios banhados pelo rio Capibaribe também foram atingidos. Ao todo, morreram 107 pessoas e outras 350 mil ficaram desabrigadas. O governador da época, Moura Cavalcanti, decretou estado de calamidade pública na capital e em nove municípios do interior.
Na manhã do dia 21, as águas baixaram e a população começava retomar a vida, foi quando o pânico voltou a tomar conta das ruas do Recife. Tudo provocado por um boato de que a Barragem de Tapacurá havia estourado e que a cidade seria arrasada.
Ainda pela manha, uma multidão corria de um lado para outro sem saber aonde ir; mulheres desmaiavam; os carros não respeitavam sinais nem contra-mão; guardas de trânsito abandonavam seus postos; várias pessoas foram atropeladas; bancos, casas comerciais e a agência central dos Correios fecharam as portas; no Hospital Barão de Lucena várias pessoas pularam do primeiro andar; enquanto o boato se espalhava de boca em boca.
As emissoras de rádio passaram imediatamente a divulgar insistentes desmentidos. A Polícia Militar divulgou nota oficial informando que prenderia quem fosse flagrado repetindo o alarme. A Polícia Federal anunciou que estava investigando a origem (nunca descoberta) do boato. Tudo para tentar acalmar a população. O pânico durou cerca de duas horas, mas seu momento de maior intensidade teve cerca de 30 minutos. Mais de 100 pessoas foram atendidas nos serviços de emergência dos hospitais.
Ainda segundo o major, com a liberação dessas águas, aliada a um pico de maré, pode provocar cheia em algumas áreas ribeirinhas. “Não há razão para pânico. O que a Codecipe orienta é que as pessoas que não conhecem suas áreas, liguem para a defesa civil da sua cidade e procure informações. Eles tem esse mapeamento das áreas onde há possibilidade de cheia. Mas, não existe razão para pânico”, destacou.
Até o governador Eduardo Campos foi para uma rádio tentar tranqüilizar a população. “A situação neste momento é a mera alta. Então, o rio cheio, canais cheios também com águas que descem e, em alguns canais, não tendo para onde a água ir porque o rio está cheio e a maré está alta, então, eles transbordam. Isso não é enchente, é transbordar. Esse boato de enchente foi aumentado com as redes sociais agora”, disse.
O boato tomou conta das ruas e das redes sociais. A Universidade Católica de Pernambuco suspendeu as aulas, assim como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
“A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiu suspender suas atividades no final da tarde de hoje (5) devido aos alagamentos que estão ocorrendo na Região Metropolitana do Recife, dificultando, inclusive, o deslocamento das pessoas. Desta forma, o expediente da tarde se encerra mais cedo e as aulas da noite estão suspensas. O Restaurante Universitário também não funciona no período da noite. Estão mantidos os serviços essenciais”, disse a nota.
O Shopping Plaza também decidiu fechar as portas às 15h30. “Diante da previsão de fortes chuvas, para preservar os clientes e funcionários de maiores transtornos, o Plaza Shopping encerrará suas atividades excepcionalmente hoje, às 15h30. Amanhã abriremos normalmente”, alertou o documento.
BOATO EM 1975
O boato que provocou medo esta tarde, no Recife, fez muita gente lembrar um episódio semelhante que ocorreu em 1975. Entre os dias 17 e 18 de Julho daquele ano, um enchente deixou 80% do Recife sob as águas. Outros 25 municípios banhados pelo rio Capibaribe também foram atingidos. Ao todo, morreram 107 pessoas e outras 350 mil ficaram desabrigadas. O governador da época, Moura Cavalcanti, decretou estado de calamidade pública na capital e em nove municípios do interior.
Na manhã do dia 21, as águas baixaram e a população começava retomar a vida, foi quando o pânico voltou a tomar conta das ruas do Recife. Tudo provocado por um boato de que a Barragem de Tapacurá havia estourado e que a cidade seria arrasada.
Ainda pela manha, uma multidão corria de um lado para outro sem saber aonde ir; mulheres desmaiavam; os carros não respeitavam sinais nem contra-mão; guardas de trânsito abandonavam seus postos; várias pessoas foram atropeladas; bancos, casas comerciais e a agência central dos Correios fecharam as portas; no Hospital Barão de Lucena várias pessoas pularam do primeiro andar; enquanto o boato se espalhava de boca em boca.
As emissoras de rádio passaram imediatamente a divulgar insistentes desmentidos. A Polícia Militar divulgou nota oficial informando que prenderia quem fosse flagrado repetindo o alarme. A Polícia Federal anunciou que estava investigando a origem (nunca descoberta) do boato. Tudo para tentar acalmar a população. O pânico durou cerca de duas horas, mas seu momento de maior intensidade teve cerca de 30 minutos. Mais de 100 pessoas foram atendidas nos serviços de emergência dos hospitais.
Um comentário:
EU TRABALHO EM RECIFE E HOJE A CIDADE PAROU, AS LOJAS FEXARAM, AS ESCOLAS, FACULDADES, SUSPEMDERAM AULAS, UM ABSURDO, TRANSITO INSUPORTAVÉL, LEVEI 3 HORAS E MEIA DENTRO DO ONIBUS DA IMBIRIBEIRA PARA O CENTRO.
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