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Imagem: Paulo Carrera |
Um total de 300 escolas particulares de todo o estado está sem aula graças à greve, deflagrada ontem, na rede particular de ensino. Assim, 21% das 1.400 instituições de ensino privado, compostas por um total de 45 mil professores, estão paradas, de acordo com o Sindicato dos Professores da Rede Particular (Sinpro-PE). Hoje, a entidade iniciou uma série de piquetes em frente aos principais colégios da Região Metropolitana.
Os colégios Lubienska, Luiza Cora, Imaculado Coração de Maria e a Escola Master já receberam as manifestações nas primeiras horas da manhã de hoje. O movimento se concentra agora em frente ao Colégio Dom, em Olinda, e promete continuar a programação de protestos durante todo o dia. A categoria pode deixar até 600 mil alunos sem aulas neste final de semestre. A expectativa é que mais professores anunciem adesão ainda hoje.Uma nova assembleia geral da categoria será realizada amanhã às 9h, na sede do Sinpro, no bairro da Boa Vista, no Recife.
A greve foi deflagrada depois de cinco rodadas de negociação com proprietários de colégios particulares. Os profissionais pedem ajuste salarial em 10%, além de aumento no valor da hora-aula, que passaria de R$ 4,40, para R$ 10. Além disso, ainda é solicitada a criação de plano de cargos e carreiras. “Os patrões disseram que não podem cumprir a pauta por causa das escolas pequenas, que não têm condições financeiras para pagar o que pedimos”, afirmou o coordenador do Sinpro-PE, Jackson Bezerra.
O diretor executivo do Sinepe, Arnaldo Mendonça, contestou a deflagração do movimento e se disse surpreso com a decisão. “Das 54 cláusulas pedidas pelos professores, nos prontificamos a atender 22 delas. Mesmo assim, eles decidiram parar as atividades”, disse. Alfio Mascaro, educador do Colégio Imaculado Coração de Maria, foi um dos professores que participam da greve. “O motivo é o resgate à valorização da profissão”, resumiu.
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