quarta-feira, 27 de julho de 2011

Solidariedade: quando a ajuda vem da internet


 

Da Redação do pe360graus.com
Fotos: Reprodução / TV Globo

Está enganado quem imagina que as redes sociais são apenas fonte de lazer. A mobilização feita virtualmente, por meio dessas redes, é real e pode ajudar a salvar muitas vidas. Em Pernambuco, pelo menos dois grupos chamam a atenção nos últimos meses: o Veia Social, que convoca doadores de sangue, e o Projeto Clarear, que ajuda uma pequena portadora de câncer, Clarinha, que precisa de ajuda para comprar uma perna mecânica.

Algumas pessoas fazem da doação de sangue uma rotina. É o caso do jornalista Gianfrancesco Lins de Melo, que doa a cada quatro meses, e do vendedor Carlos André, que, com ou sem campanha, costuma frequentar o hemocentro. Mas Isabella Magalhães adquiriu consciência da importância do gesto por causa da internet. Esta é a quarta vez que esta voluntária do Veia Social estende o braço – e não sabe para quem vai o sangue. Diz que isso é o que menos interessa.

"Sempre quis doar sangue, mas por causa da correria da vida, eu nunca vim. Aí eu vim e me tornei doadora, voluntária da Veia Social, participo da divulgação na internet e todas as mobilizações que têm aqui eu também venho", diz Isabella.

Também voluntária, Kássia Santana vive com o celular na mão acessando o Veia Social, um grupo que usa as redes sociais para mobilizar o maior número possível de doadores de sangue. "O grupo resolveu fazer esse trabalho porque é muito carente de doadores. Muita gente tem medo de doar sangue", conta Kássia.

É um movimento que a supervisora de captação do Hemope, Josinete Gomes, acompanha com alegria.  Na primeira mobilização, foram 20 doadores. Na próxima, a terceira, marcada para o dia 30 deste mês, são esperados mais de cem. "Eu acho que isso é modernizar a forma de abordagem, acompanhar a evolução da sociedade e trazer o internauta para se informar sobre o serviço", afirma Josinete.
O turismólogo e fotógrafo Rafael Bandeira criou um blog para tentar ajudar Ana Clara, prima da namorada dele. Mais de 11.400 visitantes do Brasil e do mundo já acessaram o site e se comoveram com a luta de Clarinha, como ela gosta de ser chamada.

"A gente fez para chegar até os amigos. Mas aí eles espalharam para outros amigos, que também espalharam e a gente não sabe até onde chegou", conta Rafael.

Clarinha vai ter que amputar a perna e o mundo de carinho que chegou pela internet traz um alento – assim como o amor da irmã, dos pais e dos amigos. No dia 13 de agosto vai acontecer uma festa para arrecadar a quantia necessária para comprar a prótese que vai substituir a perna dela. E o convite, claro, está na internet. 


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