domingo, 4 de setembro de 2011

INSALUBRIDADE NA SAÚDE EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO


VÍRUS DA VARÍOLA

OS EFEITOS DA VARÍOLA EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE-PARTE 4-FINAL


As matérias do BLOG VEN proporciona vários comentários e debates na cidade, escolas e bares. E em um deles em especial, o BAR E SORVETERIA PEIXE, encontrei o nosso companheiro de blog ORLANDO e o grande PROFESSOR HENRIQUE COIMBRA.

No dia 27 de agosto de 2011, tivemos um caloroso debate sobre a matéria dessa semana da série HISTÓRIA DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, sobre a VARÍOLA. Na ocasião o professor nos deu um testemunho INÉDITO, pois ouviu muito dos antigos, inclusive seus parentes e amigos sobre a catástrofe ocorrida em VITÓRIA por conta desta doença.

Também não posso esquecer de citar, minha grande amiga da cidade de CAMPOS SALES-CE, MARIA PEREIRA que está em parceria comigo nesta série. Lembrando aos nossos leitores que estamos falando de algumas doenças do século XIX(segunda metade) até as 3 primeiras décadas do século XX.

OBS: ENCERRAMOS AQUI A HISTÓRIA IMPRESSIONANTE DO QUE A VARÍOLA FEZ EM NOSSA CIDADE. NA PRÓXIMA SEMANA, IREMOS APRESENTAR MAIS UMA SÉRIE COM ESSE TEMA: AGUARDEM.

ZONA RURAL DA VITÓRIA
Os chamados BICHIGUENTOS eram proibidos de virem à cidade.

ZONA URBANA
Existia a figura chamada de PINIQUEIRA, que eram escravas que pegavam os pinicos da noite passada e os lavava no rio TAPACURÁ e o colocava de volta.
Depois ouve uma evolução para umas BARRIGAS, onde era despejadas a urina e fezes das casas e eram jogados no rio TAPACURÁ.

ANTIGO PRÉDIO DA ESCOLA AGROTÉCNICA HOJE CAV-UFPE
Existia um hospital no alto do reservatório no fundo atrás existia um cemitério dos BIXIGUENTOS ricos, da classe média e que naquela época, se morresse de bexiga ninguém queria saber de divulgar os nomes abastardos.

CEMITÉRIO DOS POBRES E MISERAVÉIS
Tinha um cemitério clandestino a caminho do ENGENHO DO ESPIRITO SANTO, no SÍTIO CACHORRO DE COCORAS e inclusive numa ladeira, ou seja, era um cemitério ladeiroso.
Em baixo tem o RIO DAS PEDRINHAS, abaixo da ladeira.

O CORTEJO FÚNEBRE DOS POBRES OU MISERÁVEIS
Na ânsia e na pressa de não se infectar, o cortejo fúnebre era rápido e se enterra o corpo em cova rasa numa rede, para não se contaminar.
Não havia encomenda do corpo, ou seja, reza.

O CORTEJO FUNEBRE DOS RICOS OU DA CLASSE MÉDIA
Os ricos e a classe média que tinha a bexiga lixa (VARÍOLA OU RUBEOLA), não eram divulgados o nome do bexiguento, pois, a família seria descoberta, portanto, não queria (a família), que o fato fosse divulgado.
Atrás do hospital se enterrava em cova funda ou em vala comum.

FONTE: RELATOS DO PROFESSOR HENRIQUE COIMBRA
TEXTO DE JOHNNY RETAMERO
COLABORAÇÃO DE ORLANDO LEITE

Nenhum comentário: