Do istoe e Do NE10
Crédito de 70 milhões de dólares para a agricultura familiar cubana, 450 milhões aprovados para a ampliação e modernização do porto de Mariel e um acordo para a produção conjunta de medicamentos genéricos a serem enviados ao Brasil, dentro do programa de distribuição de medicamentos do SUS.
Crédito de 70 milhões de dólares para a agricultura familiar cubana, 450 milhões aprovados para a ampliação e modernização do porto de Mariel e um acordo para a produção conjunta de medicamentos genéricos a serem enviados ao Brasil, dentro do programa de distribuição de medicamentos do SUS.
Antes de ser recebida por Raúl com honras militares no Palácio da Revolução
de Havana, Dilma, que chegou a Cuba na tarde de segunda-feira, depositou flores
em um monumento ao herói nacional cubano, José Martí (1853-1895).
A presidente Dilma Rousseff e seu colega cubano Raúl Castro iniciaram nesta
terça-feira (31) reuniões sobre as relações entre os dois países, com ênfase
nos assuntos econômicos, segundo um jornalista da AFP. Além de financiar a maior parte do porto
de Mariel, em Cuba, o governo brasileiro também deve investir na primeira
empresa a se instalar na zona livre de exportação que será criada junto com a
construção do porto.
Coincidindo com a chegada da presidente brasileira a Cuba, de onde segue na
quarta-feira para o Haiti, a Odebrecht anunciou que assinará um acordo com o
grupo estatal cubano Azcuba, que controla a produção açucareira, para ampliar a
produção na província de Cienfuegos, no centro-sul da ilha.
Fontes diplomáticas brasileiras em Havana disseram que
também é estudado um acordo para a produção conjunta de medicamentos genéricos,
área em que Cuba desenvolveu uma importante tecnologia. Nesta segunda-feira (30), no encontro entre a presidente Dilma Rousseff
e o presidente Raúl Castro, foi assinado o primeiro convênio que levará à
criação de uma fábrica de medicamentos que usará recursos brasileiros e
tecnologia cubana, especialmente na área de anticancerígenos.
O primeiro cliente também deverá ser o governo brasileiro. A intenção é que os
remédios sejam fabricados em Cuba para serem enviados ao Brasil, dentro do
programa de distribuição de medicamentos especiais do Sistema Único de Saúde
(SUS). Cuba já exporta hoje remédios e insumos farmacêuticos para o Brasil, que
representam mais de 80% da magra pauta de exportações da ilha. A intenção do
governo Dilma é que Mariel seja usado por outras empresas brasileiras que
queiram vender para a América Central e o Caribe.
Hoje, Cuba importa 80% do que consome. Sua pauta de exportações vai pouco além
de insumos para medicamentos, tabaco e níquel. O Brasil, com US$ 90 milhões de
dólares comprados em 2011, é o segundo maior parceiro comercial do país desde o
governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Porto de Mariel
Fontes brasileiras adiantaram que a presidente anunciará um crédito de 70
milhões de dólares para a agricultura familiar cubana, que se somará aos 450
milhões aprovados, para a ampliação e modernização do porto de Mariel, 50 km a
oeste de Havana, uma das maiores obras de infraestrutura do governo de Raúl
Castro.
Na tarde desta terça, Dilma irá ao Porto de Mariel, a 50 quilômetros de
Havana. Há obras de ampliação no porto com o apoio de empresários e do governo
brasileiro. As obras são apontadas pelas autoridades cubanas como um projeto
estratégico para o aumento do intercâmbio comercial do país. O Brasil financia
80% das obras, em um total de US$ 683 milhões.
Na conversa que teve com autoridades cubanas no começo desta semana,
Patriota recebeu a informação de que a ideia é transformar a região portuária
de Mariel em um centro industrial. Um dos projetos é a construção de uma
indústria de vidros na área. O Brasil deve manifestar apoio a esses projetos,
pois a presidenta quer aumentar as parcerias e os acordos bilaterais com os cubanos.
Até segunda (30) à noite não foi confirmado o encontro de Dilma com Fidel
Castro, de 85 anos, ex-presidente de Cuba que governou o país até 2008. A
presidenta chega a Cuba no auge da abertura econômica. As mudanças em curso
fazem parte de um conjunto de ações para vencer as dificuldades geradas pelo
embargo econômico imposto pelos Estados Unidos desde 1962.
Desde 2010, Raúl Castro instaurou um processo de abertura da economia. As
decisões envolvem o estímulo à demissão voluntária de funcionários públicos, a
liberação da compra de automóveis e imóveis, a permissão para atividades
autônomas e o incentivo à agricultura familiar.

Um comentário:
é muito bom fazer propaganda com dinheiro dos outros(brasileiros) manda os cubanos trabalharem e se abrirem ao capitalismo.
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