sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

LINDEMBERG DEVE CUMPRIR 12 ANOS EM REGIME FECHADO, DIZ ADVOGADO

Do O Globo

imagem: direito.folha.com.br
SÃO PAULO – O motoboy Lindemberg Alves, condenado a 98 anos e dez meses de reclusão por ter assassinado a ex-namorada Eloá Pimentel, deverá cumprir 12 anos em regime fechado e outros 12 no semi aberto.

Somente depois, passará para o regime aberto. Segundo o advogado Luiz Flavio D'Urso, presidente da OAB-SP, o cálculo de progressão da pena terá como base a pena de máxima permitida no Brasil que é de 30 anos.
Apesar de ter sido condenado por 12 crimes, o que pauta a condenação é o crime hediondo. Mesmo que ele tenha sido condenado por outros crimes, o homicídio é que vai pautar o cálculo da progressão - disse D'Urso.

A advogada de Lindemberg Ana Lúcia Assad disse, após a leitura da sentença por parte da juíza Milena Dias, que irá pedir a anulação total do júri. Ana Lúcia deixou o Fórum de Santo André, no ABC paulista, sem falar com a imprensa ou comentar o resultado do julgamento.
Para a promotora de Justiça Daniela Hashimoto, responsável pela acusação, a pena foi “bem equacionada pela juíza”. Ela acredita que não deve haver revogação do júri por parte do Tribunal de Justiça (TJ).

Jurados responderam a 49 questões
Para decidir sobre a pena, o júri respondeu a 49 questões divididas em 12 quesitos – um para cada crime atribuído a Lindemberg - para determinar se o réu seria culpado ou absolvido pelos crimes. O julgamento durou quatro dias. O chamado conselho de sentença se reuniu após leitura dos quesitos no tribunal e a promotora de Justiça Daniela Hashimoto, depois da pausa para o almoço, abrir mão da réplica durante a fase de debates.
Em sua consideração durante os debates entre acusação e defesa, a advogada Ana Lúcia Assad assumiu a culpa do réu em apenas quatro dos crimes – homicídio culposo de Eloá, lesão corporal culposa de Nayara Rodrigues, cárcere privado de Eloá e disparo de arma de fogo. Ana Lúcia negou que Lindemberg tivesse tido a intenção de matar a ex-namorada. Ela também não o responsabilizou pelas tentativas de homicídio contra Nayara Rodrigues, amiga de Eloá, e contra o policial militar Atos Valeriano, e pelos cárceres de Nayara e dois amigos de escola de Eloá, Victor e Iago.
- Não estou aqui para passar a mão na cabeça dele (Lindemberg). Mas para garantir que ele responda por aquilo que efetivamente cometeu - disse Ana Lúcia.

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