A Força de Pacificação do Exército que ocupa os complexos de
favelas do Alemão e da Penha informou hoje (12) que está acompanhando a
investigação da Polícia Civil sobre a tortura de um morador da Vila Cruzeiro,
na Penha. O jovem acusa os militares de o terem detido e torturado no sábado
(10).
Segundo o assessor de comunicação da Força de Pacificação,
coronel Fernando Fantazzini, a investigação está inicialmente a cargo da
Polícia Civil. Mas, se for confirmada a denúncia e a participação de militares
no crime, o Exército poderá investigá-los e puni-los por desvio de conduta.
O oficial explicou que o Exército já havia aberto um
inquérito policial militar (IPM) no sábado de manhã, porque o pai do jovem
procurou a Força de Pacificação, depois de constatar que seu filho havia
desaparecido. O mesmo IPM poderá ser usado para investigar o envolvimento de
militares na tortura.
“Se o nosso inquérito policial militar desembocar [na
constatação de um] desvio de conduta, todos os envolvidos serão punidos com o
rigor da lei e responderão no inquérito civil também”, disse o coronel.
Depois da suposta tortura do jovem, foram registrados, no
próprio sábado, protestos de moradores e ataques de criminosos contra militares
na Vila Cruzeiro.
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