Do NE10
imagem: blogonlinedoctor.com.br |
Uma
célula-tronco é uma célula pluripotente. Ou seja, uma célula que possui a
capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula, dependendo do
estímulo a que ela será submetida. As células-tronco já vêm sendo utilizadas em
várias especialidades da medicina há vários anos. A cada dia, os resultados terapêuticos estão
ainda mais consistentes. A hematologia foi a especialidade médica pioneira a
utilizá-las. Nos dias de hoje, tem havido grande sucesso em outras diferentes
áreas, como cardiologia, neurologia, ortopedia, dentre outras.
No
último IMCAS, que ocorreu em janeiro, na França, e do qual participei, tive a
oportunidade de assistir a vários simpósios específicos sobre o futuro das
células-tronco para a dermatologia. Com
toda a certeza, já era tempo desse promissor tratamento poder nos auxiliar no
combate ao fotoenvelhecimento cutâneo e nos proporcionar juventude, beleza e
saúde por muitos anos de nossas vidas.
Nesse
Congresso, pudemos constatar que atualmente já existem pelo menos três grandes
estudos ao redor do mundo a respeito deste assunto. Os estudos são
independentes, porém com a técnica utilizada muito semelhante. Um deles é na
Universidade de San Diego (Califórnia – EUA); o outro, na Universidade de Roma
(Itália) e o maior deles, na Universidade de Kyoto (Japão).
A
técnica consiste em retirar tecido gorduroso do paciente a que será submetido
ao tratamento de rejuvenescimento.
Considerando que esse tecido é muito rico em células-tronco, a gordura
retirada passará por um processo laboratorial, no qual propiciará que essas
mesmas células-tronco estejam com a maior biodisponibilidade possível para
poderem atuar de maneira a melhorar a qualidade do colágeno da pele.
No
estudo da Universidade de Kyoto, foram demonstrados mais de 5 mil pacientes
submetidos a esta técnica, todos com segmentos prolongados, com até 48 meses.
Na documentação fotográfica exibida, os pacientes após esses quatro anos (48
meses) se mostravam com a face mais jovem do que nas fotografias após 12 ou 24
meses do tratamento realizado. Apesar desse estudo ainda não se encontrar
completamente concluído, pois ainda existem algumas perguntas a ser
respondidas, ele exemplifica o quanto as células-tronco poderão trazer de
benefícios na luta que travamos todos os dias contra o envelhecimento.
Nesse
mesmo simpósio, ainda foram mostrados os excelentes resultados que as células-
tronco produzem quando são utilizadas no couro cabeludo para o tratamento da
alopécia (queda de cabelo), tanto nos homens como nas mulheres. Após a sua
aplicação, haverá uma grande repilação da área tratada, de forma que o paciente
voltará a ter cabelos em quantidade normal na maioria dos casos.
Essa
é a esplêndida visão futura que temos para a dermatologia, com uma enorme
probabilidade de este futuro chegar brevemente. Ou seja, dentro dos próximos três
a cinco anos.
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