quinta-feira, 8 de março de 2012

PILOTO DE TESTES, MARIA DE VILLOTA RECOLOCA MULHERES NA F1

Do iG São Paulo
imagem: folhape.com.br

Nesta quinta-feira (8) comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A data acontece um dia depois do anúncio da espanhola Maria de Villota como piloto de testes da Marussia para a temporada 2012 da Fórmula 1. Com isso, a chance de uma mulher voltar a disputar um GP da categoria depois de mais de 30 anos aumenta.

Garantido, a piloto de 32 anos tem apenas os testes para novatos que serão realizados no fim do ano, em Abu Dhabi. Mas, mesmo que não guie o carro em uma prova, De Villota será responsável por recolocar uma mulher na Fórmula 1, amplamente dominada por homens ao longo de sua história.

Desde o primeiro GP da categoria máxima do automobilismo mundial, disputado em 1950, apenas duas mulheres participaram de corridas, e somente uma pontuou. A primeira a correr foi a italiana Maria Teresa de Filippis, que disputou as temporadas de 1958 e 1959. Filippis participou de três provas e conquistou seu melhor resultado no Grande Prêmio da Bélgica de 1958, um 10º lugar.

Na década de 1970, outra mulher correu: a também italiana Lella Lombardi participou de três temporadas (1974 a 1976), correndo em 12 GPS. Em 1975, pela equipe March, Lombardi cruzou a linha de chegada do GP da Espanha na sexta posição e somou 0,5 ponto, a única pontuação do sexo feminino na F1 até hoje.


A britânica Divina Galica, em 1976 e em 1978, a sul-africana Desiré Wilson, na temporada de 1980, e a italiana Giovanna Amati, em 1992, tentaram, mas não conseguiram se classificar para disputar nenhum Grande Prêmio.

A partir da década de 1990, a participação feminina, já tímida, declinou ainda mais. Foi somente há dez anos que outra mulher voltou a sentar-se atrás de um volante da categoria. Em 2002, a americana Sarah Fischer guiou o carro da McLaren nos treinos livres de sexta-feira do GP de Indianápolis. Mas foi apenas uma breve exibição para o público americano. Três anos depois, em 2005, Katherine Legge, de forma extraoficial, fez dois testes no circuito italiano de Vallelunga, guiando uma Minardi. Legge atualmente disputa a Indy.


imagem: esporte.uol.com.br


Mulheres com moral na Indy
Se na Fórmula 1 a participação feminina é muito limitada, o mesmo não acontece na IndyCar. Para se ter uma ideia, em 2011, Danica Patrick, Simona de Silvestro e Bia Figueiredo fizeram parte do grid da categoria ao longo da temporada. Em 2012, Simona de Silvestro e Katherine Legge estão garantidas na categoria. Bia ainda busca uma vaga.

Danica Patrick, que sempre foi uma das maiores atrações da categoria norte-americana desde sua chegada, em 2005, trocou a Indy pela Sprint Cup, principal categoria da Nascar. A piloto de 29 anos tornou-se em 2008 a primeira mulher a ganhar uma corrida da Indy.

A suíça Simona de Silvestro, de 23 anos, estreou na Indy em 2010. Naquele ano, terminou a temporada na 19ª colocação. Sua melhor corrida aconteceu no ano passado, quando alcançou o 4º lugar no GP de St. Petersburg, nos Estados Unidos. Em 2012, já tem vaga garantida na equipe HVM Racing para disputar a temporada.

Bia Figueiredo, que completa 27 anos no próximo dia 18 de março, fez em 2011 sua segunda temporada na Indy. Em 2010, a brasileira participou de quatro etapas do campeonato. Antes de alcançar a tradicional categoria norte-americana, Bia havia atraído atenção do mundo da velocidade quando disputou a Indy Lights, categoria de acesso em que correu em 2008 e 2009. Em seu ano de estreia na Lights, Bia ficou em terceiro lugar na temporada e tornou-se a primeira mulher a vencer na categoria.

A piloto, primeira brasileira a correr em uma categoria top do automobilismo mundial, é também a primeira brasileira a disputar as 500 Milhas de Indianápolis. Bia ainda busca uma vaga no grid da categoria em 2012. Nesta quinta-feira, ela participará dos testes de pré-temporada em Sebring pela equipe Andretti Autosport.

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