Do iG São Paulo
imagem: folhape.com.br |
Nesta
quinta-feira (8) comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A data acontece um
dia depois do anúncio da espanhola Maria de Villota como piloto de testes da
Marussia para a temporada 2012 da Fórmula 1. Com isso, a chance de uma mulher
voltar a disputar um GP da categoria depois de mais de 30 anos aumenta.
Garantido,
a piloto de 32 anos tem apenas os testes para novatos que serão realizados no
fim do ano, em Abu Dhabi. Mas, mesmo que não guie o carro em uma prova, De
Villota será responsável por recolocar uma mulher na Fórmula 1, amplamente
dominada por homens ao longo de sua história.
Desde
o primeiro GP da categoria máxima do automobilismo mundial, disputado em 1950,
apenas duas mulheres participaram de corridas, e somente uma pontuou. A
primeira a correr foi a italiana Maria Teresa de Filippis, que disputou as
temporadas de 1958 e 1959. Filippis participou de três provas e conquistou seu
melhor resultado no Grande Prêmio da Bélgica de 1958, um 10º lugar.
Na
década de 1970, outra mulher correu: a também italiana Lella Lombardi
participou de três temporadas (1974 a 1976), correndo em 12 GPS. Em 1975, pela
equipe March, Lombardi cruzou a linha de chegada do GP da Espanha na sexta
posição e somou 0,5 ponto, a única pontuação do sexo feminino na F1 até hoje.
A
britânica Divina Galica, em 1976 e em 1978, a sul-africana Desiré Wilson, na
temporada de 1980, e a italiana Giovanna Amati, em 1992, tentaram, mas não
conseguiram se classificar para disputar nenhum Grande Prêmio.
A
partir da década de 1990, a participação feminina, já tímida, declinou ainda
mais. Foi somente há dez anos que outra mulher voltou a sentar-se atrás de um
volante da categoria. Em 2002, a americana Sarah Fischer guiou o carro da
McLaren nos treinos livres de sexta-feira do GP de Indianápolis. Mas foi apenas
uma breve exibição para o público americano. Três anos depois, em 2005,
Katherine Legge, de forma extraoficial, fez dois testes no circuito italiano de
Vallelunga, guiando uma Minardi. Legge atualmente disputa a Indy.
imagem: esporte.uol.com.br |
Mulheres com moral na
Indy
Se
na Fórmula 1 a participação feminina é muito limitada, o mesmo não acontece na
IndyCar. Para se ter uma ideia, em 2011, Danica Patrick, Simona de Silvestro e
Bia Figueiredo fizeram parte do grid da categoria ao longo da temporada. Em
2012, Simona de Silvestro e Katherine Legge estão garantidas na categoria. Bia
ainda busca uma vaga.
Danica
Patrick, que sempre foi uma das maiores atrações da categoria norte-americana
desde sua chegada, em 2005, trocou a Indy pela Sprint Cup, principal categoria
da Nascar. A piloto de 29 anos tornou-se em 2008 a primeira mulher a ganhar uma
corrida da Indy.
A
suíça Simona de Silvestro, de 23 anos, estreou na Indy em 2010. Naquele ano,
terminou a temporada na 19ª colocação. Sua melhor corrida aconteceu no ano
passado, quando alcançou o 4º lugar no GP de St. Petersburg, nos Estados
Unidos. Em 2012, já tem vaga garantida na equipe HVM Racing para disputar a
temporada.
Bia
Figueiredo, que completa 27 anos no próximo dia 18 de março, fez em 2011 sua
segunda temporada na Indy. Em 2010, a brasileira participou de quatro etapas do
campeonato. Antes de alcançar a tradicional categoria norte-americana, Bia
havia atraído atenção do mundo da velocidade quando disputou a Indy Lights,
categoria de acesso em que correu em 2008 e 2009. Em seu ano de estreia na Lights,
Bia ficou em terceiro lugar na temporada e tornou-se a primeira mulher a vencer
na categoria.
A
piloto, primeira brasileira a correr em uma categoria top do automobilismo
mundial, é também a primeira brasileira a disputar as 500 Milhas de Indianápolis.
Bia ainda busca uma vaga no grid da categoria em 2012. Nesta quinta-feira, ela
participará dos testes de pré-temporada em Sebring pela equipe Andretti
Autosport.
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