Da Agência O Globo
O padre Alexander Bede Walsh
foi chamado de "sem-vergonha" por um juiz e sentenciado a 22 anos de
prisão por abuso sexual de meninos, nesta sexta-feira, segundo informações
divulgadas pelo jornal britânico “The Independent”. Walsh foi condenado no mês
passado por 21 crimes sexuais, em um período de 18 anos. Alexander Bede Walsh,
de 58 anos, respondia por dois crimes sexuais graves e 19 acusações de atentado
ao pudor contra meninos com idade entre 8 e 16 anos.
O clérigo católico teria
usado seu status para aliciar as vítimas, abusando de meninos em três cidades
da Inglaterra: Coventry, Staffordshire e Warwickshire. Os abusos, segundo o
tribunal, foram considerado como "em série e predatórios", aconteceram
entre 1975 e 1993.
No mesmo tribunal, esta
tarde, o juiz Glenn lhe disse: "Sem-vergonha descreve com precisão a sua
atitude, que não demonstrou qualquer remorso em momento algum. Na verdade, o
júri estava satisfeito, você mentiu repetidamente para eles. Você usou o nome
de Deus como álibi, manipulando os ensinamentos de Deus para os seus próprios
interesses", afirmou o juiz.
O reverendo Bernard Longley,
arcebispo católico de Birmingham, disse que ele tinha ficado "chocado e
consternado" com o abuso. Em um comunicado divulgado após a condenação
Walsh, o arcebispo disse.
"Estes são crimes
horrendos, e eu, em primeiro lugar, quero expressar o meu profundo sentimento
de vergonha com o que aconteceu. É a mais grave traição de confiança. Eu também
quero expressar minha profunda tristeza e profundo pesar a cada uma das
crianças, agora adultos, que foram vítimas do abuso perpetrado pelo padre Bede
Walsh", declarou o arcebispo.
Uma das vítimas tentou se
enforcar depois de sofrer abuso, e o juiz afirmou que o fato das vítimas só
denunciarem a agressão sofrida anos depois demonstra o quanto suas vidas foram
afetadas pelo fato. O tribunal disse que Walsh não demonstrou nenhuma emoção
durante todo o julgamento.
Um comentário:
" o sopro de satanas entrou na Igreja" já disse o Papa Paulo VI.
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