Da Agência Estado
imagem: diariodocongresso.com.br |
A Câmara de Vereadores de Porto Alegre vai instalar uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os convênios do
Instituto Ronaldinho Gaúcho (IRG) com a prefeitura da capital gaúcha. O
requerimento do vereador Mauro Pinheiro (PT), com 12 assinaturas da oposição,
foi aprovado por seis votos a um pela Comissão de Constituição e Justiça nesta
terça-feira (10), ao mesmo tempo em que os aliados do prefeito José Fortunati
(PDT) anunciavam que também iriam aderir à proposta.
De 2007 a 2010, o Instituto Ronaldinho Gaúcho recebeu R$
5,7 milhões da prefeitura e do Ministério da Justiça para oferecer atividades
esportivas e culturais para crianças carentes da zona sul de Porto Alegre. No
início de 2011, a prefeitura rejeitou o pedido de reajuste de 163% feito pelo
empresário Roberto de Assis Moreira, irmão do craque do Flamengo, e rompeu o
convênio.
Desde então vereadores de oposição questionam o custo dos
contratos, que a prefeitura considera compatíveis com a oferta de transporte,
alimentação e atividades complementares às escolares que o instituto fazia até
2010. Desde então, a organização não governamental dos irmãos Assis Moreira não
tem mais atendido crianças carentes.
Na batalha política da CPI, a oposição vai questionar os
convênios da prefeitura enquanto a situação vai se debruçar sobre os acordos do
Ministério da Justiça, que era comandado pelo hoje governador Tarso Genro (PT)
com o instituto. Em Porto Alegre, o prefeito Fortunati (PDT) tem apoio do PP,
PSDB, PMDB, PPS e PTB, enquanto seus adversários são do PT, PC do B e PSOL.
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