O Censo 2010 divulgado nesta
sexta-feira pelo IBGE aponta que 45,6 milhões de pessoas declararam ter ao
menos um tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população
brasileira. A maior parte delas vive em áreas urbanas - 38.473.702, ante
7.132.347 nas áreas rurais. E mostra ainda que são muitas as desigualdades em
relação aos sem deficiência. A deficiência visual foi a mais apontada, atinge
18,8% da população. Em seguida vêm as deficiências motora (7%), auditiva (5,1%)
e mental ou intelectual (1,4%).
A taxa de alfabetização de
pessoas de 15 anos ou mais entre as que têm deficiência é de 81,7% - mais baixa
do que a observada na população total na mesma faixa etária, que é de 90,6%. A
Região Nordeste tem a menor taxa de alfabetização entre os que declararam
alguma deficiência - 69,7%. E também a maior diferença em comparação com a taxa
da população total (81,4%).
O Censo 2010 mostra ainda que há
diferença significativa no nível de escolaridade entre pessoas com deficiência
e a população geral - 61,1% da população com 15 anos ou mais com deficiência
não têm instrução ou tem apenas o fundamental incompleto. Esse porcentual cai
38,2% para as pessoas sem deficiência.
No mercado de trabalho também há
diferenças importantes. Dos 44 milhões de deficientes que estão em idade ativa,
53,8% estão desocupados ou fora do mercado de trabalho. A população ocupada com
pelo menos uma das deficiências investigadas representava 23 6% (20,3 milhões)
do total de ocupados (86,3 milhões) - 40,2% tinham a carteira de trabalho
assinada; na população geral, esse índice é de 49,2%.
O porcentual de trabalhadores com
deficiência que trabalha por conta própria (27,4%) e sem carteira assinada
(22,5%) também é maior do que o registrado no total da população, de 20,8% e 20
6%, respectivamente.
AGÊNCIA ESTADO
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