Do
Correio Braziliense
A
paralisação dos servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais de todo o país
vai tumultuar o registro dos candidatos a prefeito e vereador. Os concorrentes
devem apresentar os pedidos à Justiça Eleitoral até amanhã, mas os funcionários
anunciaram greve às vésperas do fim do prazo. Preocupada com o movimento
grevista e, principalmente, com os impactos nas eleições, a presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, se reuniu ontem com
presidentes de tribunais regionais para debater formas de garantir o registro
das candidaturas.
Os
servidores da Justiça Federal pressionam pela aprovação do Plano de Cargos e
Salários da categoria, que tramita no Congresso Nacional desde 2009. Eles
contam que a paralisação foi marcada para a véspera do fim do prazo de registro
de candidaturas para chamar a atenção do governo e dos parlamentares. A
presidente do TSE reconhece a legitimidade das reivindicações, mas afirma que a
possibilidade de descumprimento do calendário eleitoral é grave. “A maior legitimidade
da democracia é o cidadão brasileiro ter todos os órgãos, antes das eleições,
atuando na sua plena capacidade”, comentou a ministra Carmen Lúcia.
O
coordenador da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal
(Fenajufe), Jean Loiola, afirma que a greve tem “um peso estratégico”. Para
ele, a mobilização está grande em todos os estados e a intenção da categoria é
paralisar as atividades nos tribunais regionais. “Estamos há seis anos sem
aumento”, justifica.
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