Foto: Reprodução/Internet
Montados em seus cavalos,
preparados como se estivessem na lida diária da caatinga – com seus gibões,
chapéus de couro, botas, luvas, couraças – os vaqueiros do sertão do São
Francisco se encontraram nesse fim de semana em Petrolina, para mais uma edição
da Missa dos Vaqueiros.
O evento, que acontece há 71
anos, representa um momento de homenagens, reflexões, ao mesmo tempo em que
desempenha um papel fundamental na conscientização social sobre as dificuldades
enfrentadas por esse representante legítimo dos sertões. A missa foi às 9h
desse domingo (1º), na Orla I, às margens do Rio São Francisco. A celebração
será conduzida pelo padre José Guimarães e deve contar com a participação de
aboiadores, do coral dos Homens do Terço e do Coral de Aboiadores de Serrita.
“É uma tradição que se renova de
pai para filho, porque é feita com a alma e está nas nossas raízes. A ocasião é
propícia para os pedidos de bênçãos, para rezar pelos que já partiram, e ao
mesmo tempo, chamar a atenção para questões sociais, como a situação que os
vaqueiros vivem no interior, muitas vezes sem acesso a políticas públicas que
permitam melhores condições de vida”, enfatiza o radialista e organizador do
evento, Carlos Augusto Amariz.
Antes de se encontrarem às
margens do rio, a vaqueirama tomou um café da manhã reforçado e depois desfilou
pelas principais vias centrais do município. No caminho, fé e emoção tomaram
conta dos sertanejos. Na missa, o ofertório chega ser um dos momentos mais
marcantes, quando colocam diante do altar, todo o material alusivo ao seu dia a
dia no campo. “Não podemos precisar a quantidade de vaqueiros que participa, é
muita gente, estimamos uma média de 500”, frisa Carlos Augusto.
Do NE10
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