Fonte:
AFP
O
Papa Bento XVI classificou neste domingo (26) de 'marca do diabo' a falsidade
de Judas, que permaneceu junto a Jesus, apesar deste se negar a dirigir uma
revolta contra os romanos.
"Judas
poderia ter ido embora, como fizeram muitos discípulos (...) teria sido
honesto. Em compensação, permanece com Jesus (...) com o propósito secreto de
vingar-se do Mestro", afirmou o Papa, falando no balcão de sua residência
de veraneio de Castel Gandolfo, perto de Roma.
"Judas
se sentia traído por Jesus, e decide, por sua vez, traí-lo. Judas era um zelote
e queria um Messias vencedor, que guiasse a revolta contra os romanos. Mas
Jesus desiludiu suas expectativas", acrescentou.
"Judas
não foi embora e sua culpa mais grave foi a falsidade, que é a marca do diabo.
Por isso Jesus disse aos Doze: 'Um de vocês é um diabo!'".
O
Papa considera importante separar a religião da luta política e desautorizou os
sacerdotes a participarem de combates políticos revolucionários. Esses
sacerdotes podem abandonar a Igreja Católica, mas, se não fizerem isso, não
devem participar em intrigas de nenhum tipo, segundo Bento XVI.
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