AUTOR: JOANA TELES
Hoje recorda-se o Infante D. Henrique de Avis, a mais
importante figura do início da era dos Descobrimentos. O Infante de Sagres ou
‘O Navegador’ morreu a 13 de novembro de 1460 e é lembrado neste dia.
Filho de D. João I, fundador da Dinastia de Avis, e de Dona
Filipa de Lencastre, o Infante D. Henrique teve uma infância discreta, até que
em 1414 convenceu o pai a montar a campanha para a conquista de Ceuta, no
estreito de Gibraltar, junto à costa norte africana. A cidade viria a ser
conquistada no ano seguinte, o que permitiu ao reino de Portugal controlar
todas as rotas marítimas de comércio, entre o Atlântico e o Levante.
O Governo de Ceuta entrega ao infante a missão de organizar
o reino, coordenando aquela praça-forte de Marrocos. E em 1418, o Infante D.
Henrique regressou a Ceuta, na companhia de D. João, irmão mais novo. Juntos,
comandavam uma expedição de ajuda à cidade, que enfrentava, nesse ano, o
primeiro grande cerco.
Em 1420, D. Henrique foi nomeado dirigente da Ordem de
Cristo, exercendo esse cargo até morrer. O seu trabalho foi preponderante na
defesa da exploração do Oceano Atlântico. Sete anos mais tarde, os seus homens
descobriram as primeiras ilhas dos Açores, que mais tarde viriam a ser povoadas
por portugueses.
O Cabo Bojador era então o ponto mais meridional na costa de
África que os europeus conheciam. Mas Gil Eanes, que comandou uma expedição,
foi o primeiro a ultrapassá-lo, em 1434, acabando com os receios que os
navegadores alimentavam, em virtude do desconhecimento.
Ao avanço nos mares juntou-se uma evolução no tipo de
embarcações utilizadas. As caravelas foram empurradas pelos ventos para grandes
conquistas, para lá do Cabo Branco, da Baía de Arguim, do rio Senegal e de Cabo
Verde. D. Henrique conseguiu, assim, atingir o maior dos seus objetivos: chegar
às riquezas na África Meridional.
Nos assuntos do reino com que teve de lidar, é atribuído ao
Infante D. Henrique um forte contributo na criação da Universidade de Coimbra.
A sua reputação militar foi abalada com a conquista de
Tânger, em 1437, que se revelou um fracasso. E os últimos anos de vida foram
dedicados à política e à exploração. No entanto, o Infante D. Henrique,
lembrado hoje, dia da sua morte, fica na história como o mentor da expansão
ultramarina, que, citando Camões, “deu novos mundos ao mundo”.
Fonte: http://www.ptjornal.com
Postado por Johnny Retamero
Nenhum comentário:
Postar um comentário