O Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou hoje (6) que 6.386
profissionais atuarão na correção das redações do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) de 2012. Desse total, 5.683 trabalharão diretamente com os 4,1
milhões de redações que serão corrigidas neste ano. O exame foi realizado no
último fim de semana (dias 3 e 4) para estudantes de todo o país.
Entre os demais avaliadores, 229
atuam como supervisores, 12 como coordenadores de banca e 462 como auxiliares
de supervisão. De acordo com o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, esses
servidores trabalham para garantir a qualidade da correção das redações.
A partir desta
edição do Enem, os alunos terão acesso às redações corrigidas para fins
pedagógicos a partir de 15 de fevereiro de 2013, no site do Inep. Entretanto,
os candidatos não poderão usar esse acesso como base para recursos na comissão
organizadora da prova. O resultado final do exame será divulgado três semanas
antes da abertura de acesso à redação, no dia 28 de dezembro.
“Nós estamos
garantindo a ele [candidato] todos os recursos na correção para que tenha
tranquilidade. E, tendo a nota, poderá
reorientar-se, porque esse é o processo educativo. Tenha ele entrado na
universidade ou não”, explicou Costa.
Todos os
profissionais envolvidos na correção da redação passam por um segundo
treinamento presencial e a distância desde ontem (5) até a semana que vem, dia
14. Segundo Luiz Cláudio, o treinamento prepara os corretores para avaliar o
tema deste ano: O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21. A partir do
dia 15 de novembro, as redações dos candidatos já começam a ser corrigidas.
O número de
corretores de redação foi ampliado em 40% para o Enem 2012. Dois professores
avaliarão o desempenho dos alunos, que podem receber até 200 pontos para cada
uma das cinco competências (domínio da norma padrão da língua portuguesa,
compreensão e desenvolvimento do tema utilizando várias áreas do conhecimento,
construção e defesa de um ponto de vista, construção de argumentação e proposta
de intervenção para o problema, respeitando os direitos humanos).
Havendo
divergências acima de 200 pontos em todas as competências somadas ou superior a
80 pontos em qualquer um dos cinco itens avaliados, a prova será corrigida por
um terceiro avaliador. No caso, a nota final será a média aritmética das duas
notas totais que mais se aproximarem.
O Inep estima
que 1,2 milhão de redações passem pela terceira avaliação. Caso ainda persista
a divergência de notas, outra banca composta por três professores dará a nota
final do participante. Até o exame anterior, a margem para discordância era 300
pontos.
A previsão do Inep
é que o corretores avaliem, no máximo, 100 redações por dia. Luiz Cláudio Costa
ressaltou que os corretores serão supervisionados durante todo processo de
correção das redações para garantir a qualidade da avaliação.
O avaliador
que não corresponder ao padrão exigido pelo Inep poderá ser dispensado das
correções. “Nós criamos um fluxo que vai dar muita segurança ao estudante”,
assegurou Costa. A redação é digitalizada em Brasília pela organizadora do
exame e será distribuída online aos corretores localizados em todo o país.
Agência Brasil
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