Em três estados e no Distrito
Federal, 26.486 detentos foram beneficiados com o saidão, a saída temporária de
final de ano. Desse grupo, 1.571 não retornaram aos presídios do Distrito
Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.
Segundo o conselheiro Davi
Tangerino, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, do total de
presos beneficiados, em todo o país, “apenas 5% não retornam.”
No Distrito Federal, 1.034 presos
foram ganharam sete dias para comemorar o Natal e o Ano-Novo com a família. Até
agora, 11 deles não retornaram ao presídio na data marcada. No Rio de Janeiro,
1.036 foram liberados e 18 permanecem foragidos. Em São Paulo, foram 22.848
beneficiados e 1.478 fugiram. No Espírito Santo, 64 presos não voltaram de um
total de 1.568.
O motivo do não retorno às
unidades prisionais, “em alguns casos, pode ser porque o preso perdeu o ônibus
ou teve algum outro problema que será posteriormente analisado pelo juiz.”,
disse Tangerino. “Quando se tem uma política de saúde ou de educação com 95% de
sucesso, ela é considerada bem-sucedida. Em uma política penitenciária com 95%
de sucesso, é colocado um holofote sobre os 5% [de fracasso]”, ressaltou.
A saída temporária é um benefício
concedido a internos que cumprem pena em regime semiaberto e têm bom
comportamento. Os presos foragidos, se recapturados, podem cumprir pena em
regime fechado.
Agência Brasil
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