PT continua refém
Sem quadros para uma disputa
majoritária no Estado em 2014, o PT pernambucano já admite continuar refém do
PSB. Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o deputado João Paulo, que saiu
da toca, afirmou, sem arrodeios, que o partido não teria dificuldades em apoiar
um candidato ao Palácio das Princesas indicado pelo governador.
Só colocou como condição básica o
alinhamento de Eduardo ao projeto da reeleição de Dilma, o que não será fácil.
A cada dia que passa, o governador dá mais indicativos de que sonha 24 horas em
consolidar a travessia estadual para o plano nacional.
Já percebeu que existe um vácuo
diante da postura exageradamente discreta do senador Aécio Neves, pré-candidato
tucano. Aécio é um fenômeno mineiro e parece que não une sequer a sua legenda.
Nomes novos, além de Aécio?
A ex-senadora Marina Silva, mas
esta depende da viabilização de um partido novo, que atende pelo estranho nome
de Rede. Marina peca, igualmente, por ser uma liderança em cima do muro. Na
eleição presidencial de 2010, não apoiou Dilma nem Serra.
Ao lançar a nova legenda, disse
que a Rede não se passaria ao papel de oposição nem tampouco de governo. Vai
gostar de muro assim na China!
Por isso, Eduardo tem espaços
para avançar e, avançando, se distanciará do PT, jogando por água abaixo a
pretensão dos petistas em Pernambuco, como João Paulo, de continuarem numa
mesma coligação.
Neste caso, só restará ao PT
lançar um nome para governador em faixa própria ou se compor com uma
alternativa que de fato represente um projeto de oposição.
CONVOCAÇÃO– O secretário da
Fazenda, Paulo Câmara, vai à Assembleia Legislativa explicar como o Estado
investirá a cota dos royalties se o projeto da sua redistribuição vier a ser
aprovado pelo Congresso. O depoimento será na Comissão de Justiça e atende a um
requerimento de autoria do deputado Sílvio Costa Filho (PTB). Câmara deu uma
forte contribuição à formulação do pacote de bondades do Governo lançado em
Gravatá.
Pressão em Brasília
Biu Farias,
presidente da União dos Vereadores de Pernambuco e candidato à reeleição, leva
uma caravana de parlamentares municipais a Brasília para pressionar o Congresso
a reprovar o projeto do senador Ciro Miranda (PSDB-GO), que acaba a remuneração
de vereadores em municípios com população inferior a 50 mil habitantes.
Fim das câmaras - Em Pernambuco,
o projeto do senador goiano contraria um verdadeiro exército. Dos 182
municípios encravados no Estado, apenas 23 têm população superior a 50 mil
habitantes. Traduzindo: a pressão pela rejeição da proposta se concentrará no
Senado. Com a palavra, os senadores Armando Monteiro Neto, que é candidato a
governador, Humberto e Jarbas.
Miopia nacional - O senador Vital
do Rêgo, do PMDB da Paraíba, Estado governador pelo socialista Ricardo
Coutinho, fez, ontem, uma advertência na coluna do companheiro Ilimar Franco,
de O Globo, aos que ainda desconfiam que o governador pernambucano blefa ao alimentar sua candidatura ao
Planalto. “Quem não trabalha com a hipótese de uma candidatura competitiva de Eduardo
Campos é politicamente míope”, disse.
Quadro sombrio - Março se
aproxima e não há notícias de chuva no sertão pernambucano. Se até o próximo
dia 15, consagrado ao padroeiro São José, o quadro continuar de estiagem o
Governo terá que preparar um novo plano de socorro aos municípios. O gado
continua sofrendo, não choveu suficiente para criar pastagem e o mais
preocupante é a crescente demanda por carros pipas.
CURTAS
FESTA RENTÁVEL– O secretário
estadual de Turismo, Alberto Feitosa, comemora o incremento de R$ 1 bilhão
durante o Carnaval. Segundo ele, os números representam 30% a mais do que o ano
passado, quando foram contabilizados R$ 773 milhões. Os dados foram levantados
pela Empetur.
RELATOR– O senador Armando
Monteiro foi escolhido relator da MP que amplia os incentivos fiscais às exportações
brasileiras e ao mesmo tempo estimula os setores de construção civil e do
comércio varejista.
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