sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Direção da Troça Os monges em Folia divulgam carta aberta criticando carnaval da Vitória de Santo Antão

Foto: Divulgação


Direção da Troça Os Monges em Folia divulga carta aberta com severas críticas ao Carnaval da Vitória de Santo Antão onde também retrata o episódio ocorrido no Sábado de Zé Pereira entre o Bloco Papa Léguas e a Troça Os Monges em Folia.

Leia a íntegra da carta.

 “Antes de mais nada, não estamos aqui com cunho político. Nossa instituição, Troça Carnavalesca Companhia dos Monges em Folia fundada em 04 de março de 1998 no Museu do Carnaval Maestro Amadeu de Senna, em Vitória de Santo Antão, entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que esse ano completa 15 anos de existência, voltado ao tradicional e espontâneo em nossa terra, que inclusive além de resgatar as tradições do frevo nessa cidade, participa ativamente de eventos como o Baile Classe A dos Monges, evento esse que reúne a sociedade vitoriense em harmonia e união se confraternizando entre si, com a participação da Orquestra Super Oara, já incluso no calendário festivo de nossa cidade. 

Vem esclarecer a população que apoia o carnaval tradicional de Vitória de Santo Antão que não vai tolerar mais abusos que aconteceram em nosso desfile no dia 09 de fevereiro de 2013, pela desorganização outra vez, assim como em anos anteriores, da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes da Prefeitura da Vitória, novamente se repetindo no Carnaval 2013. Não se pode fazer carnaval na terra de Mariana Amália se não existe o corso, atualmente, agremiações dividem com veículos e motos o espaço do seu desfile, além de constante ameaça de motoqueiros aos foliões participantes, ocorrendo atropelamento como se repetiu nesse Sábado de Zé Pereira.

Somos um bloco aberto que divide a sua alegria com crianças, jovens, adultos sejam da primeira ou da terceira idade, não podemos por em risco a vida das pessoas, pela falta de responsabilidade dos outros. Ainda tendo que ouvir abusos, como do Bloco Papa-Léguas que tem na sua diretoria o descaso com o tradicional e a falta de respeito com o ser humano, num Estado que temos o frevo como patrimônio imaterial da humanidade, certificado pela UNESCO, somos taxados de “TROCINHA” por um qualquer que se acha músico num trio elétrico trazendo músicas e ritmos que não alimentam em nada a cultura do nosso povo.
Quem não se lembra quando o Papa-Léguas apresentou uma certa banda de pagode onde em plena Praça da Matriz essas pessoas incitaram a população com gestos obscenos deixando horrorizados pessoas de bem ali presentes. Esse mesmo Papa-Léguas que praticamente dividiu nosso cortejo nesse fatídico dia 09 de fevereiro de 2013, dividindo nossa agremiação em dois e trazendo pânico as pessoas de bem que ali estavam em plena Avenida Mariana Amália, no Centro.

É fato a falta de segurança no trajeto, pois nos é exigido que seja enviado ofícios aos órgãos competentes e nenhuma segurança é aplicada no nosso cortejo, além de uma cidade muito mal iluminada em um evento de tão grande teor que é o Carnaval. Do palco mal localizado na Praça Duque de Caxias, onde somos impostos à humilhação de sermos ofuscados pelas atrações ali presentes não dando nenhuma consideração as agremiações que ali passam desfilando. Nós que passamos o ano inteiro nos preparando para o Carnaval, no árduo caminho até a conquista dos patrocínios e reconhecimento de um trabalho feito com amor.

Somos uma instituição cuja diretoria, formada por profissionais liberais, empresários, comerciantes, comerciários, funcionários estaduais e federais, que tem como único objetivo resgatar as tradições momescas perdidas por essa terra ao longo dos anos, que praticamente deixou a cidade sem identidade, onde clubes tradicionais faliram pela falta de apoio, viemos mostrar que acreditamos no potencial do nosso frevo, fazendo carnaval muitas vezes do próprio bolso para manter viva uma cultura para levarmos a tradição até os nossos filhos e netos, que nos últimos anos não tiveram o prazer de conhecer os bailes e desfiles apoteóticos de clubes como Leão e Camelo.

Nós da Diretoria dos Monges em Folia queremos dizer que temos na sociedade hoje admiradores e colaboradores que contribuem conosco para preservar um grande bem do povo, sua cultura, legado esse que hoje está ofuscado por um interesse particular de poucos. Queremos respeito dos administradores de nossa cidade, não somos moleques, somos homens de bem, pagadores de nossos impostos, cumpridores de nossos deveres, exigimos sim obrigações por parte da Secretaria de Cultura e Turismo e não uma pseudo maquiagem do Carnaval que se encontra atualmente, com uma cidade vazia, sem brio se comparada aos carnavais passados”.

 A Diretoria,

Um comentário:

manoel carlos disse...

lembro me de CAPIBA que afirmava que “se o FREVO fosse norte americano ganharia o mundo” … enquanto isso na terra de Osman Lins (que insistem que seja da cachaça ou de cachaceiros) a mateira prima “o frevo” é relegada a tratamento de sub produto, lástima!
Vivemos numa terra esquizofrênica: temos melhor (frevo) e propagamos o pior (axé); trio elétrico que se diz para “crianças” que se não tiver cuidados as criancinhas ficam surdas com a altura do som – alegria ou tristeza?-; se chama a rede globo para filmar uma montagem enquanto na verdade o “sucesso” são as porcarias baianas que arrastam tudo… até a moral da família vitoriense com as depravações das dançarinas do papa-léguas! Músicos que são contratados para tocar e receber pelas tocadas, mas que na verdade só recebem a micharia 06 (seis) meses depois….que miséria! Fico pensando: é a prefeitura financiando o crime? o criem de estelionato cultural? o crime de incentivo a prostituição infantil? (as dançarinas dos trios mas parecem estar num prostíbulo holandês) o crime de ofertar bebidas a menores? os trios fazem isso de forma livre e com apoio de muitos…… Enfim…. dinheiro público para tudo isso?