Pernambuco ocupa posição de
destaque no ranking de captação de órgãos no Brasil.
O Estado, segundo dados
recentemente divulgados pelo Ministério da Saúde, é o de maior diversidade de
transplantes.
Ou seja, aqui é o lugar onde os profissionais realizam
procedimentos de todos os órgãos e tecidos. Em 2012, houve aumento de 55% no
número de procedimentos em relação ao ano anterior.
No total, 1.690 cirurgias
foram realizadas. Dos 16 Estados que compõem as Regiões Norte e Nordeste,
ficamos atrás, apenas, da Bahia (59%) e do Pará (56%) – em número de
intervenções.
Em entrevista por telefone, o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, avaliou o bom desempenho como
consequência das políticas de incentivo adotadas pelo Ministério, desde 2011.
“Através do repasse de investimentos para o Norte e o Nordeste, estimulamos a
realização de transplantes e a capacitação das Organizações de Procura de
Órgãos (OPOs), com o intuito de descentralizar esse tipo de atendimento, muito
restrito ao Sudeste do País”, explica. Ano passado, o recurso investido pelo
governo federal para os transplantes no Estado foi de R$ 43,4 milhões. Em 2011,
foram R$ 35,3 milhões.
“O Brasil, em 2012, superou seu
próprio recorde mundial por ser o país em que é mais fácil realizar transplante
público e gratuito. E essa superação veio justamente do Norte e Nordeste”,
avaliou Padilha. Apesar de ocupar o terceiro lugar no ranking regional,
Pernambucano detém a peculiaridade de ser o único a realizar transplantes de
diferentes órgãos. “No caso do rim, por exemplo, embora nossa maior captação
seja local, Estados vizinhos enviam o órgão para cá por causa da nossa equipe
técnica especializada”, afirma a gestora estadual da Central de Transplantes,
Noemy Gomes.
Este ano, a meta – segundo
Padilha – é estimular o crescimento dos transplantes de todos os órgãos. Para
atingir a finalidade, o Ministério elaborou novos incentivos financeiros aos
hospitais que realizam cirurgias na rede pública visando a estimular a
realização de mais transplantes no SUS.
Com as novas regras, hospitais
que fazem quatro ou mais tipos de transplantes passarão a receber incentivo de
até 60% a mais do que o previsto inicialmente no orçamento. O recurso será de
50% do total do orçamento para os hospitais que fazem três tipos de transplantes,
e naqueles onde são feitos um ou dois tipos de transplantes serão pagos 30% e
40% a mais, respectivamente, de incentivos sobre o valor orçamentário inicial.
Também está prevista para 2013
uma campanha de doação de órgãos e o investimento na humanização do atendimento
das OPOs. “O esforço é para fazer com que os centros credenciados realizem mais
transplantes”, almeja Padilha. Algumas instituições, entre elas o Instituto do
Fígado de Pernambuco, estão na lista para receber o investimento federal.
Jornal do Commercio
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