Antes defensor da divisão igualitária dos royalties,
governador ameniza discurso em favor de Estados produtores, caso do RJ
Depois de se lançar como um dos arautos da revisão do “pacto
federativo”, o governador Eduardo Campos (PSB) resolveu colocar-se como
porta-voz do debate sobre outra pauta de alcance nacional: a divisão dos
recursos dos royalties do petróleo.
Embora tenha assistido de forma silenciosa
à derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional e à
ameaça de se judiciar a questão por parte dos governantes dos Estados
produtores, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, Eduardo se movimenta, agora,
para chefiar as negociações que permitam firmar um consenso antes que o tema
chegue à mesa do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta quarta-feira (13), em Brasília, o socialista voltou a
defender publicamente a proposta apresentada na terça-feira (12) durante a
reunião com governadores. Para por fim ao embate entre produtores e não
produtores, ele sugere que não se alterem os critérios de repartição dos
recursos oriundos dos campos já explorados, o que atende ao primeiro bloco.
A
ideia, no entanto, já havia sido defendida pelo governo federal, anteriormente,
e por representantes do Rio, maior prejudicado com as mudanças. “Vou militar em
torno dessa crença para ajudar a baixar a temperatura, o diálogo se dar de
maneira civilizada, tranquila. Ninguém vai levar isso no grito, na marra”,
disse à Agência Estado.
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