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O
Náutico se defendeu bravamente e conseguiu aproveitar uma das poucas chances
que teve para arrancar na raça uma vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo em
Florianópolis, pela quarta rodada do Brasileiro.
Assim, o time quebra um jejum
de seis jogos contra o Rubro-Negro (a última vitória havia sido em 2007, nos
Aflitos), conquista sua primeira vitória na competição e se coloca fora da zona
de rebaixamento, em 16º lugar com quatro pontos.
Rogério marcou o gol, aos 37
minutos do segundo tempo, diante de 5.033 pagantes (5.241 presentes), para uma
renda de R$ 263.189.
Do
lado rubro-negro, mais preocupante do que os resultados é a atitude do time e a
total falta de capacidade de se impor em campo, mesmo diante de rivais de baixa
qualidade técnica. O time segue sem
vencer no nacional e está na penúltima colocação, com apenas dois pontos
ganhos. O Flamengo já enfrentou três dos outros cinco times que estão nas
últimas posições na tabela (Náutico, Ponte Preta e Santos) e não ganhou de
nenhum deles.
-
Estamos jogando bem independentemente da formação, mas não estamos conseguindo
fazer os gols. Não tem explicação. Os times vêm fechados, e não conseguimos
superar isso. Precisamos esquecer essa pressão e ganhar os jogos - afirmou Luiz
Antonio.
Os
cariocas fazem uma última partida pelo Brasileiro, antes da paralisação em
razão da Copa das Confederações, diante do Criciúma, no sábado, às 16h20m, no
estádio Heriberto Hülse. Já o Náutico joga novamente fora de casa, desta vez
contra o Coritiba, no domingo, às 18h30m, no Couto Pereira.
-
Jogamos bem e fizemos o que o Levi (Gomes) pediu. Conseguimos a vitória com
determinação - afirmou o atacante Rogério na saída de campo no Scarpelli.
O
lateral-esquerdo João Paulo recebe forte marcação do Náutico (Foto: Alexandre
Vidal / Fla Imagem)
O
técnico Jorginho vive uma situação complicada. Seu único armador mais clássico,
Carlos Eduardo, não consegue render. Sem ele, o meio-campo se enche de
volantes, o que se traduz em menos criatividade e velocidade. Com três
atacantes, o time deveria ser agudo, mas Rafinha, Gabriel e Paulinho não
emplacam, e os centroavantes sofrem. Em quatro jogos, são quatro escalações
diferentes, e o time não se encaixa.
Insistência
pelo meio atrapalha o Fla
Contra
o Náutico, o treinador sacou Carlos Eduardo e Gabriel e voltou com Renato e
Rafinha. Assim, Elias ganhou mais liberdade para aparecer como elemento
surpresa, como na primeira boa chance rubro-negra, na qual o volante fez boa
jogada com Léo Moura, e Hernane desperdiçou, logo aos sete minutos. Pouco
depois, o próprio Elias concluiu com perigo, para fora. O Náutico, muito
limitado tecnicamente, justificava sua posição na tabela e, recuado,
basicamente se defendia.
Pouco
inteligente, no entanto, o Rubro-Negro mais uma vez empacava diante de um
sistema de marcação mais postado. O time insistia nas bolas pelo meio,
facilitando o trabalho da zaga pernambucana. A posse de bola era toda do
Flamengo (64% contra 36% no primeiro tempo), e o Náutico pouco ameaçava - ainda
assim, a superioridade não era tão clara. Tanto que a chance mais perigosa foi
do Timbu, em contra-ataque de Jones Carioca que Felipe salvou com o pé. No fim
da primeira etapa, o Flamengo até ensaiou uma pressão, mas não impediu as
fortes vaias no intervalo.
Hernane perde
chance; Rogério não perdoa
O
panorama seguiu complicado para o Rubro-Negro no segundo tempo. Lento e sem
inspiração, o time mal chegava ao gol de Gideão. Diante da inércia, Jorginho
lançou Val e Gabriel no lugar de Rafinha e Paulinho. Impaciente, a torcida
vaiou forte, e gritos de "burro" ecoaram no Orlando Scarpelli. Os
catarinenses até tentavam empurrar a equipe, mas o que era apresentado em campo
esfriava qualquer entusiasmo.
Quando
a situação é difícil, é fundamental aproveitar as poucas oportunidades que
aparecem. Mesmo desordenado, o Flamengo teve uma excelente chance de abrir o
placar. Mas Hernane conseguiu furar uma cabeçada quase na pequena área,
sozinho, de frente para o goleiro. Depois, ele saiu para entrada de Adryan,
deixando o time sem uma referência na área. Rogério teve uma oportunidade
semelhante, não perdoou e abriu o placar depois de cruzamento de Hugo. A
torcida foi ao desespero, e o Flamengo também. Renato foi expulso e o Timbu
conseguiu segurar um resultado muito comemorado pelos jogadores.
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