Ela engravidou do próprio pai que
a abusava sexualmente há 4 anos
O caso da menina de 12 anos que
foi submetida a um aborto autorizado pela Justiça segue sendo investigado pela
Polícia Civil. Anteontem, a criança, que apresentava gestação de 17 semanas,
teve alta médica e já estava na companhia da família. O ocorrido ganhou
repercussão por conta do nível de monstruosidade do pai da garota, um
jardineiro de 49 anos acusado de abusar sexualmente da filha, de modo a
provocar uma gravidez. De acordo com a polícia, o crime acontecia há quatro
anos, dentro da própria residência da família, em Igarassu, na Região
Metropolitana do Recife (RMR).
Por meio de nota à Imprensa, o
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) confirmou que
a criança deu entrada na unidade de saúde com a suspeita de ter sido estuprada
pelo pai. Ainda segundo o Instituto, a menina de 12 anos foi levada ao Imip
pelo Instituto de Medicina Legal (IML). Após passar seis dias internadas e ter
sido submetida à intervenção cirúrgica, a paciente seguiu para a casa dos tios,
onde passará a morar. Conforme o documento enviado à redação, a vítima passará
por acompanhamento médico/psicológico no ambulatório do Imip.
Além dela, existe também a
acusação de que o pai também teria abusado sexualmente de outra filha, que tem
nove anos. A Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) está
investigando o paradeiro do jardineiro. A reportagem da Folha de Pernambuco
tentou contato com o delegado responsável pelo caso, Jorge Ferreira, mas não
obteve êxito. Até o fechamento desta edição, nenhuma informação sobre o
paradeiro do genitor havia sido divulgada.
Em 2009, um caso parecido
repercutiu nacionalmente. À época, uma menina de nove anos abusada pelo pai
teria filhos gêmeos, mas a gestação foi interrompida por meio de medicações. A
decisão não agradou o então arcebispo de Olinda e Recife dom José Cardoso
Sobrinho, que excomungou a gestante, os médicos e todos os envolvidos no
aborto. O religioso justificou-se alegando que, aos olhos da igreja, o aborto é
crime e que a lei dos homens não estaria acima das leis de Deus.
A menina foi internada em uma
maternidade pública do Recife. Naqueles dias, a direção da unidade de saúde
garantiu que o procedimento foi necessário. O médico que atendeu a garota
confirmou que havia risco de morte para a gestante.
Saiba Mais
De acordo com o Código Penal
brasileiro o aborto consentido, devido ao ato do estupro, não é passível de
punição legal. Ou seja, caso uma mulher seja abusada sexualmente, e dessa ação
criminosa seja gerada uma gravidez indesejada, a vítima pode dar entrada a uma
ação judicial pedindo a retirada do feto. O processo, então, será analisado
pela Justiça, que poderá aceitar o pedido e autorizar judicialmente o
procedimento médico. Esta ressalva está prevista no artigo 128 do código, cujo
texto revela que o aborto não é punido quando é necessário, no caso de não
haver outro modo de preservar a vida da gestante ou para o caso de estupro.
Folha de Pernambuco
Um comentário:
um bando de assassinos. assassinaram um bebe que nunca foi culpado desse estupro.
assassinos!
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