Rio de Janeiro - O papa Francisco
disse hoje (27), em seu discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que o
momento exige diálogo construtivo, ao se referir às manifestações que ocorrem
desde junho em praticamente todas as cidades do país. "Entre a indiferença
egoísta e os protestos violentos sempre há uma opção possível: o diálogo, o
diálogo entre as gerações, o diálogo entre o povo e todos somos povo, a
capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce
quando suas diversas riquezas culturais dialogam de maneira construtiva."
Ele ressaltou, em espanhol, que é
fundamental nesse diálogo a contribuição das grandes tradições religiosas. “A
coexistência pacífica entre as diferentes religiões se beneficia da laicidade
do Estado, que sem assumir como própria nenhuma posição confessional, respeita
e valoriza a presença da dimensão religiosa na sociedade, favorecendo suas
expressões mais concretas."
Ao reforçar a defesa do diálogo,
o papa Francisco destacou a cultura da humanidade social. "O outro sempre
tem algo a me dar, quando sabemos nos aproximar dele, com a atitude aberta e
disponível, sem preconceitos. Essa atitude eu a definiria como humildade
social, que é a que favorece o diálogo. Ou apostamos na cultura do diálogo ou
todos perdemos."
Após o discurso, aplaudido de pé pelos mais de
2 mil convidados, o papa Francisco recebeu cumprimentos e presentes de líderes
comunitários e representantes dos vários segmentos da sociedade. A cerimônia
terminou com a execução da música tema e do hino da JMJ e com o hino oficial da
Cidade do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa.
De lá, Francisco seguiu em carro
fechado para o Centro de Estudos do Sumaré, onde almoça com cardeais do Brasil,
a presidência da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e sua
comitiva.
Agência Brasil
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