O
primeiro Clássico dos Clássicos da Sul-Americana poderia ter ganho um contorno
de grande festa. Mas os dirigentes de Sport e Náutico não optaram por promover
o jogo. Então, numa partida morna, debaixo de chuva, o Leão jogou melhor e
bateu o Timbu por 2x0, na Ilha do Retiro. O Sport foi superior porque
mostrou um futebol aplicado, enquanto os alvirrubros foram apáticos, sem alma,
aceitando a marcação adversária. O Leão marcou os dois gols no primeiro tempo.
Logo aos cinco minutos, o atacante tão criticado (injustamente) Felipe
Azevedo balançou as redes. E, aos 42, Patric deu os números finais do
jogo. No segundo tempo, o Sport administrou o resultado e esperou o momento do
contra-ataque para ampliar. Já o Náutico foi um time apático e criou poucas chances
de gols.
Confesso
que esperava mais equilibrio nesta partida. Aguardava uma partida com muita
marcação, com os jogadores dos dois times brigando pela bola o tempo inteiro.
Mas quem entrou em campo com esse perfil foi o Sport. O time rubro-negro foi
mais compacto, trabalhou bem a bola e mostrou um time mais consciente
ofensivamente. O Sport não pareceu sentir falta do artilheiro Marcos Aurélio. O
time marcou mais e conseguiu segurar a bola lá na frente por mais tempo. Roger
entrou muito bem no time. Participou dos dois gols do Leão, abriu espaços,
trabalhou a bola, finalizou. Enfim, foi um jogador muito importante. Felipe
Azevedo também mostrou porque é titular. Fez gol, preencheu os espaços, ajudou
na marcação. O Sport conseguiu o equilíbrio que não vinha mostrando nos últimos
jogos da Série B e saiu de campo sem tomar gols, algo importante na competição.
No
Náutico o que me impressionou negativamente foi a apatia. Após a partida, o
volante Martinez reconheceu a superioridade do adversário, alegando que o fato
de o Sport já está entrosado há bastante tempo foi algo determinante. Martinez
tem uma certa razão. Mas cadê o poder de superação do Náutico? Faltou alma ao
time alvirrubro durante os noventa minutos de jogo. O Timbu viu o Leão jogar.
Parece sentir o peso do tabu de não vencer o adversário na Ilha do Retiro.
Todos os setores apresentaram falhas infantis. As peças ofensivas Tiago Real,
Maikon Leite e Rogério não existiram. Foram peças nulas. E as mudanças feitas
pelo técnico Jorginho surtiram o mesmo efeito: o time alvirrubro continuou
letárgico em campo.
O
Sport abriu uma importante vitória. Para o segundo confronto, na próxima
quarta-feira, na Arena Pernambuco, o Leão pode perder até por um gol de
diferença para garantir a classificação para a próxima fase. Algo que soaria
como um soco no estômago no Timbu. Desde o ano passado, o Náutico exaltava o
fato de o único representante do Estado na competição internacional. No
entanto, agora, o time pode perder a vaga para a segunda fase para o rival Sport
que ganhou de presente o direito de disputar a competição graças a um
regulamento maluco de classificação. E mais do que isso: a
desclassificação pode abater ainda mais a equipe que luta para sair da zona de
rebaixamento do Brasileiro.
Blog do Torcedor
Nenhum comentário:
Postar um comentário