terça-feira, 20 de agosto de 2013

Análise do Clássico dos Clássicos: Vontade vence a apatia


O primeiro Clássico dos Clássicos da Sul-Americana poderia ter ganho um contorno de grande festa. Mas os dirigentes de Sport e Náutico não optaram por promover o jogo. Então, numa partida morna, debaixo de chuva, o Leão jogou melhor e bateu o Timbu por 2x0, na Ilha do Retiro. O Sport  foi superior porque mostrou um futebol aplicado, enquanto os alvirrubros foram apáticos, sem alma, aceitando a marcação adversária. O Leão marcou os dois gols no primeiro tempo. Logo aos cinco minutos, o atacante tão criticado (injustamente) Felipe Azevedo  balançou as redes. E, aos 42, Patric deu os números finais do jogo. No segundo tempo, o Sport administrou o resultado e esperou o momento do contra-ataque para ampliar. Já o Náutico foi um time apático e criou poucas chances de gols.
Confesso que esperava mais equilibrio nesta partida. Aguardava uma partida com muita marcação, com os jogadores dos dois times brigando pela bola o tempo inteiro. Mas quem entrou em campo com esse perfil foi o Sport. O time rubro-negro foi mais compacto, trabalhou bem a bola e mostrou um time mais consciente ofensivamente. O Sport não pareceu sentir falta do artilheiro Marcos Aurélio. O time marcou mais e conseguiu segurar a bola lá na frente por mais tempo. Roger entrou muito bem no time. Participou dos dois gols do Leão, abriu espaços, trabalhou a bola, finalizou. Enfim, foi um jogador muito importante. Felipe Azevedo também mostrou porque é titular. Fez gol, preencheu os espaços, ajudou na marcação. O Sport conseguiu o equilíbrio que não vinha mostrando nos últimos jogos da Série B e saiu de campo sem tomar gols, algo importante na competição.
No Náutico o que me impressionou negativamente foi a apatia. Após a partida, o volante Martinez reconheceu a superioridade do adversário, alegando que o fato de o Sport já está entrosado há bastante tempo foi algo determinante. Martinez tem uma certa razão. Mas cadê o poder de superação do Náutico? Faltou alma ao time alvirrubro durante os noventa minutos de jogo. O Timbu viu o Leão jogar. Parece sentir o peso do tabu de não vencer o adversário na Ilha do Retiro. Todos os setores apresentaram falhas infantis. As peças ofensivas Tiago Real, Maikon Leite e Rogério não existiram. Foram peças nulas. E as mudanças feitas pelo técnico Jorginho surtiram o mesmo efeito: o time alvirrubro continuou letárgico em campo.

O Sport abriu uma importante vitória. Para o segundo confronto, na próxima quarta-feira, na Arena Pernambuco, o Leão pode perder até por um gol de diferença para garantir a classificação para a próxima fase. Algo que soaria como um soco no estômago no Timbu. Desde o ano passado, o Náutico exaltava o fato de o único representante do Estado na competição internacional.  No entanto, agora, o time pode perder a vaga para a segunda fase para o rival Sport  que ganhou de presente o direito de disputar a competição  graças a um regulamento maluco de classificação.  E mais do que isso: a desclassificação pode abater ainda mais a equipe que luta para sair da zona de rebaixamento do Brasileiro.
Blog do Torcedor

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