quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pressionada por Bom Senso, CBF apresenta gastos e defende limite de jogos

Do Terra.com
  
A CBF afirma, por exemplo, que gastou R$ 40 milhões no começo de 2012, no início da administração de José Maria Marin, para manter em atividade as Séries C e D do Campeonato Brasileiro com pagamento de viagens, hospedagens e até custos de material. Além disso, cita a organização de competições como a Copa do Nordeste e torneios nacionais nas categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Isso, de acordo com a nota, mantém clubes pequenos com calendário o ano todo.

A nota emitida ainda elenca os cinco pontos principais reivindicados pelo Bom Senso FC, dando dois como resolvidos (férias de 30 dias e 30 dias de pré-temporada). Sobre a limitação do número de jogos, pela primeira vez se diz favorável, colocando a responsabilidade pela discussão nas mãos da Comissão de Clubes e dos Conselhos Técnicos dos Clubes. “A CBF sugere que se limite o número máximo de partidas em 65“, diz o texto.


Esse é um dos pontos em que os membros do Bom Senso FC mais cobraram a entidade, alegando falta de vontade e disponibilidade para discutir. O grupo pede limite de 70 partidas por temporada, ainda maior do que agora a entidade defende. A CBF, no entanto, não estipula se ele limite é válido para clubes ou jogadores – o vice-presidente, Marco Polo del Nero, chegou a alegar, em entrevista à ESPN Brasil, que os clubes deveriam escolher quantas partidas cada atleta deve disputar, por meio de rodízio.

Um dos pontos cruciais do discurso é quanto ao Fair Play Financeiro, forma de ajudar clubes a equilibrar as finanças e quitar as dívidas que prejudicam o avanço do esporte. A proposta apresentada recentemente foi considerada insatisfatória pelo Bom Senso FC, que cobrou a implementação de alguns outros pontos.

“A medida deu bons resultados na Federação Paulista, mas requer aperfeiçoamento para implantação em âmbito nacional. Depende, ademais, do equacionamento das dívidas dos Clubes“, alega a entidade

Veja a nota da CBF na íntegra

Diante das recentes manifestações dos atletas de futebol profissional, ocorridas em partidas do Campeonato Brasileiro, a CBF sente-se no dever de prestar os esclarecimentos que se seguem.

Há algum tempo a CBF vem estudando medidas destinadas a solucionar as dificuldades enfrentadas pelos clubes filiados, principalmente no seu relacionamento com os atletas, importantes atores na prática desportiva.

Já nos primeiros meses da nova administração, no ano de 2012, a CBF investiu 25 milhões de reais para dar suporte a 40 equipes da Série D e mais 15 milhões de reais para a Série C, perfazendo o montante de 40 milhões de reais, aplicados às duas Séries C e D, garantindo a esses clubes, às voltas com sérios problemas financeiros, prestes a paralisar suas atividades e as da competição que disputavam, o pagamento de viagens e hospedagem, o custo de arbitragens e até de material esportivo, como bolas para os jogos.

Em concurso com a Rede Globo, cuidou a CBF, mediante aporte financeiro, de viabilizar as séries C e D, que sem tal amparo não poderiam se desenvolver.

Compreenda-se que tais medidas, ampliando o mercado de trabalho, beneficiaram diretamente os atletas profissionais. Também resulta em proveito para esses atletas a realização da Série A, coordenada pela CBF, em combinação com a Rede Globo, patrocinadora oficial dos 20 clubes participantes, mas sem que advenha qualquer proveito financeiro para esta entidade, muito embora lhe caiba arcar com considerável custo financeiro na promoção do certame.

Está, claro, então, que a CBF despende quantias importantes para manutenção das competições nacionais, sem nada receber dos clubes, empregadores dos atletas.

Consciente de seu papel na organização esportiva do País, a CBF coordena e incentiva competições nacionais nas categorias sub-20, sub-17 e sub-15, assim como administra as Copas do Nordeste e se prepara para coordenar a futura Copa Verde, importantes ferramentas de integração nacional. Nesse sentido, a CBF fez também vultoso aporte financeiro nas competições de futebol feminino.

A CBF, é preciso que se destaque, não deixa dinheiro em caixa; eventual superávit é distribuído às Federações, para que possam satisfazer seus encargos, tanto as mais ricas como aquelas que lutam para sobreviver nos mais remotos rincões. 

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