Do
Terra.com
A
CBF afirma, por exemplo, que gastou R$ 40 milhões no começo de 2012, no início
da administração de José Maria Marin, para manter em atividade as Séries C e D
do Campeonato Brasileiro com pagamento de viagens, hospedagens e até custos de
material. Além disso, cita a organização de competições como a Copa do Nordeste
e torneios nacionais nas categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Isso, de acordo
com a nota, mantém clubes pequenos com calendário o ano todo.
A
nota emitida ainda elenca os cinco pontos principais reivindicados pelo Bom
Senso FC, dando dois como resolvidos (férias de 30 dias e 30 dias de
pré-temporada). Sobre a limitação do número de jogos, pela primeira vez se diz
favorável, colocando a responsabilidade pela discussão nas mãos da Comissão de
Clubes e dos Conselhos Técnicos dos Clubes. “A CBF sugere que se limite o
número máximo de partidas em 65“, diz o texto.
Esse
é um dos pontos em que os membros do Bom Senso FC mais cobraram a entidade,
alegando falta de vontade e disponibilidade para discutir. O grupo pede limite
de 70 partidas por temporada, ainda maior do que agora a entidade defende. A
CBF, no entanto, não estipula se ele limite é válido para clubes ou jogadores –
o vice-presidente, Marco Polo del Nero, chegou a alegar, em entrevista à ESPN
Brasil, que os clubes deveriam escolher quantas partidas cada atleta deve
disputar, por meio de rodízio.
Um
dos pontos cruciais do discurso é quanto ao Fair Play Financeiro, forma de
ajudar clubes a equilibrar as finanças e quitar as dívidas que prejudicam o
avanço do esporte. A proposta apresentada recentemente foi considerada
insatisfatória pelo Bom Senso FC, que cobrou a implementação de alguns outros
pontos.
“A
medida deu bons resultados na Federação Paulista, mas requer aperfeiçoamento
para implantação em âmbito nacional. Depende, ademais, do equacionamento das
dívidas dos Clubes“, alega a entidade
Veja
a nota da CBF na íntegra
Diante
das recentes manifestações dos atletas de futebol profissional, ocorridas em
partidas do Campeonato Brasileiro, a CBF sente-se no dever de prestar os
esclarecimentos que se seguem.
Há
algum tempo a CBF vem estudando medidas destinadas a solucionar as dificuldades
enfrentadas pelos clubes filiados, principalmente no seu relacionamento com os
atletas, importantes atores na prática desportiva.
Já
nos primeiros meses da nova administração, no ano de 2012, a CBF investiu 25
milhões de reais para dar suporte a 40 equipes da Série D e mais 15 milhões de
reais para a Série C, perfazendo o montante de 40 milhões de reais, aplicados
às duas Séries C e D, garantindo a esses clubes, às voltas com sérios problemas
financeiros, prestes a paralisar suas atividades e as da competição que
disputavam, o pagamento de viagens e hospedagem, o custo de arbitragens e até
de material esportivo, como bolas para os jogos.
Em
concurso com a Rede Globo, cuidou a CBF, mediante aporte financeiro, de
viabilizar as séries C e D, que sem tal amparo não poderiam se desenvolver.
Compreenda-se
que tais medidas, ampliando o mercado de trabalho, beneficiaram diretamente os
atletas profissionais. Também resulta em proveito para esses atletas a
realização da Série A, coordenada pela CBF, em combinação com a Rede Globo,
patrocinadora oficial dos 20 clubes participantes, mas sem que advenha qualquer
proveito financeiro para esta entidade, muito embora lhe caiba arcar com
considerável custo financeiro na promoção do certame.
Está,
claro, então, que a CBF despende quantias importantes para manutenção das
competições nacionais, sem nada receber dos clubes, empregadores dos atletas.
Consciente
de seu papel na organização esportiva do País, a CBF coordena e incentiva
competições nacionais nas categorias sub-20, sub-17 e sub-15, assim como
administra as Copas do Nordeste e se prepara para coordenar a futura Copa
Verde, importantes ferramentas de integração nacional. Nesse sentido, a CBF fez
também vultoso aporte financeiro nas competições de futebol feminino.
A
CBF, é preciso que se destaque, não deixa dinheiro em caixa; eventual superávit
é distribuído às Federações, para que possam satisfazer seus encargos, tanto as
mais ricas como aquelas que lutam para sobreviver nos mais remotos rincões.

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