TRABALHANDO A UNIDADE - Ao tomar posse, ontem, na presidência do
PT, a deputada Teresa Leitão inaugura um novo ciclo no partido, marcado pelo
desafio da unidade. Dos Estados, talvez seja o núcleo pernambucano o mais
atritado, rachado e complicado.
Sempre foi assim, mas acentuou-se
depois do confronto aberto e público entre o deputado João Paulo e o
ex-prefeito João da Costa, que eram unha e carne e agora são adversários
irreconciliáveis.
Habilidosa e respeitada, Teresa
fica dois anos à frente da legenda e depois passa o bastão para Bruno Ribeiro,
da corrente de Humberto Costa, um quadro também excelente, que tem todas as
credenciais para levar o partido a viver grandes momentos no Estado.
Tanto Teresa quanto Bruno deve se
deparar com imposições que virão da executiva nacional, sendo a mais complicada
a recente resolução, aprovada pelo diretório nacional, de centralizar as
coligações, tirando, assim, dos diretórios estaduais o poder de decisão.
Ambos são a favor da tese de
candidatura própria para governador, que deve perder aderência ao longo dos
próximos meses decisivos na medida em que o nome do senador Armando Monteiro
Neto, preferido de Dilma e Lula, se consolide como a alternativa mais viável
para a oposição enfrentar o candidato que será escolhido pelo governador
Eduardo Campos.
EXPECATIVA – É ilusão imaginar que Dilma e Eduardo troquem farpas e
sejam deselegantes nos cumprimentos formais durante o reencontro hoje. Os
recados e as provocações virão, entretanto, nos discursos. Como Eduardo falará
primeiro, caberá a presidente o tom final do ato, aguardado com grande
expectativa entre aliados do governador e da base de Dilma.
FRENTE DO RECIFE– O presidente do PPS, Roberto Freire, que ontem
esteve com Eduardo para formalizar o apoio para 2014, lembra que a aliança com
o PSB retoma a parceria inaugurada com a Frente do Recife, em 1955, pela qual o
então PCB apoiou para prefeito o socialista Pelópidas Silveira e depois Miguel
Arraes em 1960. Os ex-comunistas e os socialistas ainda elegeram Arraes
governador em 1963.
SERTÃO EXCLUÍDO– Dilma deve dar explicações, hoje no Recife, sobre
as razões de ter deixado de fora da sua programação a inauguração de mais uma
etapa da Adutora do Pajeú. Pela agenda inicial, ela iria entregar o trecho de
Afogados da Ingazeira. Problemas técnicos e também de natureza burocráticos
teriam levado o Planalto a riscar o Sertão do mapa desta visita.
ÔNIBUS DESVIADO- Diretor de Transportes do município de Itapetim,
Clodoaldo Lucena deu a versão oficial sobre a denúncia do Jornal Nacional da
TV-Globo, de que ônibus escolares estavam sendo usados para outras finalidades.
Alegou que o veículo escolar só transportou pessoas carentes para fazer exames
médicos no Recife porque o que estava sendo utilizado havia quebrado no meio do
caminho.
PLANO-MARAJÁ
O Supremo Tribunal Federal, ao inflar os
beneficiários de seu plano de saúde, recebeu R$ 16,8 milhões a mais do que
deveria da União. O STF-Med, como é conhecido, tem no comando do seu conselho a
ministra Rosa Weber, a mesma que decidirá se três secretários do Governo
paulista serão réus no inquérito que apura propinas na Siemens.
CURTAS
DEFESA – Não se sabe as razões, mas o senador tucano Aécio Neves,
pré-candidato ao Planalto, andou defendendo Roberto Jefferson, o delator do
mensalão. “Será que vão dar prisão domiciliar para o Roberto? Espero que sim.
Não torço pelo infortúnio de ninguém”, disse.
LANÇAMENTOS – Depois de João Pessoa, segunda capital nordestina
onde lancei Reféns da Seca, passo agora a etapa de Garanhuns, marcada para
amanhã, às 19 horas, na FAMEG, a Faculdade de Medicina. Na quinta tem Sertânia
e na sexta-feira, minha terra natal, Afogados da Ingazeira.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Dilma vai topar a indicação de Ciro Gomes
para o seu Ministério?
'Não
tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles'. (Provérbios 24-1)
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