Material foi retirado das dispensas das unidades de ensino
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Operação descobre alimentos vencidos em unidades de ensino
na Zona da Mata
Alimentos fora do prazo de
validade foram encontrados em duas escolas públicas de São Lourenço da Mata e
em um depósito de distribuição de produtos alimentícios em Vitória de Santo
Antão, na Zona da Mata pernambucana.
A descoberta foi feita nas últimas segunda
e terça-feira (16 e 17) em ação da Polícia Federal em Pernambuco, através de
Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos
(Delefin) e da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). Segundo
os policiais, os três locais recebiam alimentos da empresa M.P. Distribuidor de
Produtos Alimentícios Ltda., que fica em Camaragibe, na Região Metropolitana do
Recife, investigada dentro da Operação Fastio deflagrada na última sexta-feira
(13).
Nas escolas Cleto Campelo e Padre
João Collingnon, foram encontrados pacotes de flocão de milho usados na merenda
das duas escolas, apesar da data de validade vencida, o que colocava em risco a
saúde das crianças e adolescentes daquelas instituições de ensino. Os
responsáveis pela escola não sabiam da situação dos produtos porque a validade
foi alterada na embalagem pela empresa distribuidora.
Todo o material foi retirado das
dispensas das unidades de ensino. Não há registro de problemas de saúde
causados pela ingestão desses alimentos. Em contrapartida, no depósito não foi
encontrado nenhum lote do item expirado. Tudo o que foi coletado pela Polícia
vai passar por uma perícia, que servirá de auxílio às investigações da
“Operação Fastio”.
No esquema, também foram
flagradas as empresas “A.S comércio e Representações Ltda.”, “Alves e Souza
Distribuidora de Alimentos” e “W. Gomes B. Souza”, todas na Imbiribeira, Zona
Sul do Recife. A Justiça Federal proibiu que elas assinem contratos com
quaisquer órgãos da União, Estados ou Municípios e os empresários e sócios das
empresas estão proibidos de abrir novas companhias.
Eles também não podem
emitir procurações para que terceiros os representem. Os suspeitos foram
indiciados por fraudes a licitações, fornecimento de mercadorias com preços
arbitrariamente elevados, falsidade ideológica e formação de quadrilha. As
penas somadas podem chegar a 18 anos de prisão.
Também são investigadas as
prefeituras de São Lourenço da Mata, Vitória de Santo Antão, Ipojuca e
Salgadinho, além de empresas e escritórios de contabilidade. Toda a
documentação arrecadada está sendo analisada pela perícia da PF e pela CGU.
Folha PE
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