PT QUER A PREFEITURA EM 2016 -
O ano de 2014 está perdido para o PT pernambucano. A conclusão é dos principais
líderes do partido no Estado. A divisão interna, sequela das eleições de 2012,
levou o PT a entrar num processo de desgaste e contradições internas que não
deu tempo sequer para preparar uma estratégia com vistas a uma tentativa de
sobrevivência para as eleições deste ano.
João Paulo, Humberto, Fernando
Ferro, Teresa Leitão, enfim, todos os líderes petistas, passaram a viver sob o
manto da submissão vergonhosa e nefasta imposta pela executiva nacional, que é
quem manda de fato, hoje, no núcleo estadual do partido. Nos bastidores da
disputa interna do PT em Pernambuco o que se assiste, hoje, já é página
relacionada a 2016.
Humberto Costa e João Paulo, que
aparentemente estariam vivendo uma relação de irmãos siameses, já anteciparam a
disputa pela Prefeitura do Recife. Não há, no momento, pedras que possam
dificultar a aliança formal com o senador Armando Monteiro para governador, mas
Humberto e João não querem dar de mão beijada o apoio ao trabalhista.
Querem, na realidade, um
compromisso prévio do senador a um candidato do PT a prefeito da capital em
2016. O próprio Humberto, que tem mais trânsito nacional, quer ser o candidato,
embora saiba que contará, internamente, com um concorrente de peso, o amigo de
mentirinha João Paulo.
A eleição deste ano para o PT
pernambucano, portanto, não move moinhos. Transformou-se numa prévia interna
para 2016 e chega mais forte quem, inteligentemente, fizer a melhor estratégia.
O PT pode até entrar na chapa de Armando, mas se ele vier a ser eleito
governador a fatia cobrada será o apoio à Prefeitura.
LERO-LERO – A reunião do diretório estadual do PT, hoje, será um
tremendo jogo de cena, não chegando, portanto, a nenhuma definição, porque a
instância decisória sobre sucessão estadual não está mais em Pernambuco, mas em
São Paulo com o comando nacional da legenda. A discussão pela província tem
como pauta o lero-lero para dar a impressão de que o partido ainda tem controle
e autonomia.
INTERVENÇÃO À VISTA – Tanto os dois presidentes estaduais do PT –
Teresa Leitão e Bruno Ribeiro – quanto os principais caciques do partido, entre
eles João Paulo e Humberto Costa, sabem que se baterem o pé com o discurso de
candidatura própria, a direção nacional vai intervir, da mesma forma como
ocorreu na eleição do Recife, em 2012.
OS FAVORITOS– No Maranhão, o candidato favorito a governador é o deputado Flávio Dino, do PCdoB. Na Paraíba, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) lidera todas as pesquisas de intenção de voto. Já no Rio Grande do Norte, o nome mais forte é o do ministro Garibaldi Alves (PMDB), que apoia a candidatura do ex-senador Fernando Bezerra, ex-presidente da CNI.
ACORDO ALAGOANO - Já em Alagoas,
os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PTB) constroem um
entendimento que passa pela candidatura de Renan Filho (PMDB), filho do
presidente do Senado, ao Governo alagoano e Collor à reeleição para o Senado.
Collor queria disputar o Governo, mas terá que enfrentar a favorita Heloisa
Helena (PSOL) na briga pelo Senado.
PORTEIRA FECHADA
Recém-filiado ao PCdoB, o deputado Carlos Eduardo Cadoca defende, por parte da executiva nacional, o mesmo tratamento a Pernambuco que será destinado ao Maranhão. Lá, o partido não se alia PT no plano local, mas apoia Dilma no nacional. Aqui, Cadoca quer porteira fechada, ou seja, apoio ao candidato de Eduardo a governador e alinhamento também à sua candidatura a presidente.
Recém-filiado ao PCdoB, o deputado Carlos Eduardo Cadoca defende, por parte da executiva nacional, o mesmo tratamento a Pernambuco que será destinado ao Maranhão. Lá, o partido não se alia PT no plano local, mas apoia Dilma no nacional. Aqui, Cadoca quer porteira fechada, ou seja, apoio ao candidato de Eduardo a governador e alinhamento também à sua candidatura a presidente.
CURTAS
DIVISÃO – A divisão interna no PSB em Pernambuco causada pela
escolha do candidato a governador já extrapolou as fronteiras do Estado, a
ponto de a ex-senadora Marina Silva ter demonstrado essa preocupação durante a
última conversa com Eduardo.
ANULAÇÃO – A Câmara de Caruaru deve anular, em votação
extraordinária convocada para a próxima terça-feira, o empréstimo que o
prefeito José Queiroz (PDT) está pleiteando junto ao Banco do Brasil, no valor
de R$ 250 milhões, para construção de um corredor exclusivo de ônibus.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Jarbas quer disputar o Senado ou apoiar Henry
para vice na chapa governista?
'A sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas'.
(Provérbios 9-1)
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