sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Em PE, governo anuncia reajuste de 8,32% para professores estaduais

Foto: Luna Markman/G1
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, assinou na tarde desta quinta-feira (2) Projeto de Lei estabelecendo o novo piso salarial para professores da rede estadual, com reajuste de 8,32%. 

O percentual concedido está baseado nas determinações do Ministério da Educação (MEC). 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) já informou que vai protestar contra o baixo aumento a partir de fevereiro, quando terminam as férias escolares.
O Projeto de Lei segue para a Assembleia Legislativa de Pernambuco e deverá ser votado a partir de fevereiro, com efeito retroativo ao dia 1º de janeiro. Com o reajuste, o salário dos profissionais com formação até o ensino médio passa de R$ 1.567,66 para R$ 1.698,09. Já o dos docentes com formação superior aumenta de R$ 1.646,04 para R$ 1.782,99, podendo alcançar, no final da carreira, R$ 4.458,71.

O impacto financeiro é de quase R$ 144 milhões por ano na folha salarial, informou o governo. "Nada melhor do que começar o ano valorizando a educação, área que tem sido tratada com prioridade em nosso governo. Ao longo do ano passado, só cinco estados da Federação, entre eles Pernambuco, cumpriram o piso", ressaltou Campos.

O cálculo do reajuste obedece à portaria que representa a estimativa de aumento do custo de alunos por ano do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb). De acordo com o presidente do Sintepe, Heleno Araújo, a portaria, quando instituída em 2012, trazia a taxa de 19,2%. No entanto, no último dia 18 de dezembro, ela foi corrigida, e o índice baixou para 8,32%.
Protesto

O presidente informou que a categoria vai discutir o reajuste após o fim do recesso. “Não vamos aceitar esse percentual baixo. Vamos fazer uma assembleia na primeira semana de fevereiro e fazer um grande protesto. O governo federal roubou a gente e, se o nosso governador quisesse, ele poderia dar um aumento maior. Nós acompanhamos a arrecadação dos municípios e, pelos nossos cálculos, a diminuição do percentual seria [de 19,2%] para 12 ou 15%”, informou.

Questionado sobre a insatisfação dos professores, Campos afirmou que aplica “todos os anos exatamente o que o MEC indica”. “Se trata de um cálculo simples, não há contestação a fazer. O Ministério da Educação fez exatamente uma fórmula que está na lei. Nós tivemos uma inflação na casa de 6%, um ano muito duro. Pensar em algo mais é impossível na conta de todos os estados”, justificou.

Após o anúncio do reajuste, Campos anunciou os nomes dos novos secretários, que ocuparão cargos vagos desde a saída do PT e PTB da gestão do PSB no estado, em outubro passado. Também divulgou os nomes que vão assumir funções afetadas com a reforma administrativa, ocorrida em novembro. Há dois nomes indicados pelo PSDB.

Do G1 PE

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