Funcionários dos Correios de todo
o País prometem entrar em greve a partir do dia 30 de janeiro.
O motivo é o
descontentamento com a mudança no plano de saúde da empresa, do Correios Saúde
para o Postal Saúde, realizada no último dia 1º.
O medo dos ecetistas é que, a
longo prazo, haja alteração na forma de contribuição para o plano de saúde, já
que, até então, cada beneficiário pagava 20% do valor total do procedimento
realizado, sem ultrapassar o limite máximo de três vezes o salário do titular
do plano.
Em Pernambuco, a paralisação será definida em assembleia, no próximo
dia 9, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Telégrafos de Pernambuco
(Sintect-PE).
Em todo o País, são 400 mil
beneficiários, sendo 120 mil titulares. A operadora Postal Saúde é registrada
na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a mudança, segundo os
Correios, foi amplamente divulgada entre os trabalhadores. Por enquanto,
afirmou a empresa, por meio de nota, não haverá qualquer mudança no plano.
O
presidente do Sintect-PE, Hálisson Tenório, discorda. “A mudança nos transforma
em associados e, assim, estamos a mercê de passarmos a contribuir. Por
enquanto, eles dizem que vão manter a forma que está no acordo coletivo, mas o
acordo é anual e poderá ser modificado”, argumentou.
Em outubro do ano passado, o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou, durante o julgamento do
dissídio coletivo dos Correios, que todos os direitos dos trabalhadores
referentes à saúde fossem mantidos. No entanto, o ministro Fernando Eizo Ono,
relator do dissídio, destacou que a gestão do plano era um assunto a ser
decidido pelo empregador, mas que qualquer alteração seria precedida de estudos
atuariais por comissão paritária, o que não foi feito. “Eles descumpriram o
acordo e avisaram que os novos ingressantes estariam submetidos a novas regras,
que não foram informadas ainda”, disse Tenório.
Agora, os trabalhadores esperam
uma resposta da Justiça sobre a mudança, que deve sair no dia 31 de janeiro. “A
empresa disse que os novos cartões magnéticos serão entregues até o dia 15
deste mês. Possivelmente, junto com um novo contrato. Nossa orientação é de que
nenhum trabalhador assine esse documento”, ressaltou o presidente.
Nacionalmente, o tema será discutido, em Brasília, nos dias 18 e 19 deste mês.
Folha de Pernambuco
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