sábado, 4 de janeiro de 2014

Transportadores ameaçam parar Suape por causa do novo pedágio

Maurício Ferry/ArquivoFolha
Tarifa básica para acesso à rodovia para os veículos em geral será de R$ 5,60

Depois que a Concessionária Rota do Atlântico anunciou o começo da cobrança do pedágio, a partir deste sábado (4), no Complexo Viário de Suape, localizado entre os municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca, o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Pernambuco (Sintracape) não descarta a possibilidade dos cerca de mil transportadores, que compõem a categoria, realizar uma paralisação nesta segunda-feira (6). 

O motivo, segundo o presidente, Wilton Nery, é que a concessionária - responsável pelo trecho - está realizando uma cobrança antecipada do pedágio sem a garantia de contratação do transporte.

A tarifa básica para o acesso à rodovia para veículos de passeio e para veículos de grande porte será de R$ 5,60. No entanto, para o segundo caso a cobrança será realizada por eixo. Já as motos vão pagar a metade desse valor. O trecho concessionado representa um novo acesso ao distrito industrial de Suape e praias do Litoral Sul. 

Para o presidente, dependendo do tamanho do caminhão, o transportador poderá “pagar entre R$ 28 e R$ 50 por acesso”. Ele ainda reforçou a tese de que há situações em que o caminhoneiro terá que fazer o trajeto por mais de três vezes ao dia.

O presidente da classe dos transportadores salientou que a paralisação será nos três principais acessos à Suape. Entretanto, o horário não foi divulgado pelo representante. “Nós queremos o acesso livre para os caminhões vazios, porque as empresas já recebem do contratante. O acesso a Suape é ponto de coleta de serviço. Nesse formato, o autônomo terá que efetuar o pagamento e, caso sejam contratados, os valores terão que ser ressarcidos”, explicou Nery. 

Nesse caso, o reembolso será por meio da emissão da nota fiscal ou do serviço de Conhecimeto Eletrônico de Transporte (CPE). O representante contou ainda que conversou com a Concessionária, mas que segundo orientação deles, o imbróglio deveria ser resolvido com o Governo do Estado ou com Suape. Por meio da sua assessoria de imprensa, o Complexo disse que cobrança do pedágio cabe à empresa nos termos da lei.

A Concessionária informou que não recebeu oficialmente qualquer comunicado sobre paralisações. “O contrato de concessão prevê isenções para veículos de órgãos oficiais no exercício de atividades que visem garantir a segurança pública. 

Excetuando esses casos, é vedada contratualmente isenções de pagamento sem prévia e expressa autorização do Poder Concedente, Suape, para com isso garantir o tratamento isonômo aos usuários da via e garantir a manutenção da adequada prestação dos serviços delegados à Concessionária”, disse.


Folha de Pernambuco

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