PMDB DERROTA DILMA - A presidente Dilma deve ter tido uma crise de
nervos ao saber, ontem, no Chile, onde se encontra em missão oficial, da nota
de solidariedade da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados ao líder Eduardo
Cunha, que vem contrariando o Governo.
'Os ataques ao nosso líder são
ataques ao PMDB. A bancada manifesta sua solidariedade ao deputado Eduardo
Cunha e reafirma a confiança nele depositada', diz o texto.
Cunha ganhou mais força ainda
dentro do partido e tem também a solidariedade expressa do presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves.
Aliás, o que corre nos bastidores
em Brasília, aonde cheguei ontem e passo esta semana, é que Henrique, trombado
também com o Planalto, está dando as coordenadas ao líder para endurecer o jogo
com o Planalto.
Tanto que não houve uma só
dissidência na bancada na votação da moção de apoio ao líder, o que se traduziu
numa grande derrota para Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que esperavam
isolar Cunha para acabar de vez com a crise.
Os 50 deputados solidários ao
líder peemedebista já são considerados, consequentemente, votos contra o
Governo na Câmara. A vitória de Cunha em sua bancada aponta, igualmente, a
necessidade de o Governo mexer na sua articulação com o Congresso.
O remanejamento do ministro
Aloízio Mercadante da Educação para a Casa Civil também não surtiu nenhum
efeito. O que se observa no Congresso são queixas generalizadas pelo tratamento
dado pelo Governo aos partidos da base.
E sem uma relação amistosa e de
confiança recíproca quem leva a pior é o Governo que não consegue limpar a
pauta de seu interesse na Câmara e Senado, sem aprovar nem mesmo o marco
regulatório da internet.
ACHAQUE REGIONAL– O que aconteceu em Caruaru, no episódio de
chantagem dos vereadores na relação com a Prefeitura, não é fato isolado. Um
dos delegados que acompanha o processo deixou vazar que foi procurado por mais
10 prefeitos da região, pedindo para apurar o comportamento dos parlamentares
em seus respetivos municípios. No caso de Caruaru, é preciso que a justiça puna
os vereadores com a perda definitiva dos seus mandatos.
LA URSA – O deputado João Paulo (PT) circulou pelo Carnaval de
Olinda e não viu o prefeito Renildo Calheiros em nenhum polo de animação. Após
a folia, não perdeu a oportunidade para provocar o comunista no primeiro
encontro casual no aeroporto: “Acho que você estava fantasiado de La Ursa”,
disse João, em direção a Renildo.
PEDETISTA ISOLADO – O deputado Wolney Queiroz disse, ontem, em alto
e bom som, que o deputado Paulo Rubem não tem a menor chance de levar o PDT
para o palanque de Armando Monteiro, candidato a governador pelo bloco da
oposição. “Rubem está isolado dentro do partido e a maioria pedetista está com
a candidatura de Paulo Câmara (PSB)”, disse.
COM ARMANDO - Embora reconheça que existe resistência entre os
movimentos sociais, o deputado João Paulo (PT) disse, ontem, que a maioria dos
principais líderes petistas já está apoiando a tese de apoio à candidatura do
senador Armando Monteiro a governador. Segundo ele, a formalização da aliança
com o PTB será feita no próximo dia 24.
AMIGO DO PEITO
O deputado Eduardo da Fonte, líder do bloco
PP-PROS na Câmara dos Deputados, está rindo a toa: o atual vice-presidente da
CEF, Gilberto Occhi, que vai assumir o Ministério das Cidades no lugar de
Aguinaldo Ribeiro, integra o seu grupo em Brasília. São tão próximos que batem
ponto quase todos os dias num mesmo restaurante.
CURTAS
APRESSADINHO – O Governo cuidou de esclarecer que não enviou
convite ao prefeito de Garanhuns, Izaias Régis (PTB), simplesmente porque não
estava ainda confirmada a programação oficial com a presença do governador
Eduardo Campos. Deu a entender que Régis pisou na bola.
POSSE ADIADA –Suplente do ex-deputado Sérgio Guerra, o deputado
André de Paula, presidente estadual do PSD, está ainda tão deprimido com a
morte de Guerra que não foi a Brasília ontem para tomar posse. Adiou para hoje.
Seu juramento no plenário da Casa está marcado para as 15h30m.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: a Câmara aprova o marco civil da internet?
'É melhor um bocado seco, e com ele a tranquilidade, do que a casa
cheia de iguarias e com desavença'. (Provérbios 17-1)
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