O CAFEZINHO CONTINUA QUENTE - Faltando apenas 17 dias para deixar o
poder, quando se afasta para disputar o Palácio do Planalto, o governador
Eduardo Campos cumpre uma agenda com mais de 15 horas de trabalho por dia.
No domingo passado, ele recebeu o
deputado Sebastião Oliveira (PR), o presidente do Porto, Rogério Leão, e o
prefeito de Tracunhaém, Belarmino Vásques (PR), às sete da manhã. Nada mais do
que normal se não tivesse dormido na noite anterior duas da madrugada depois de
um dia inteiro no seminário do PSB, no Rio de Janeiro.
Duas horas depois, Eduardo já
estava em Surubim, seguindo depois para Bonito. Até o dia 4 de abril, quando
passa o bastão ao vice-governador João Lyra Neto, para um mandato tampão de
nove meses, o presidenciável socialista quer visitar mais 60 municípios para o
cumprimento da Agenda 40 e inaugurações de obras.
Não bastasse o foco no Estado,
para circular e apresentar a chapa majoritária, com Paulo Câmara na cabeça,
Raul Henry vice e Fernando Bezerra senador, Eduardo tem uma extensa demanda de
compromissos em todo o território nacional na sua agenda de candidato a
presidente, alguns que não pode se ausentar.
Por isso, terá que fazer um
esforço descomunal, porque há compromissos no Rio, São Paulo, em Estados do
Sul, Norte e Centro-Oeste. Eduardo vai conseguir cumprir tantos compromissos?
Só Deus sabe!
O fato é que, não fosse candidato
a presidente e não chegasse ao fim de um mandato de oito anos super bem
avaliado, Eduardo estaria sofrendo na pele os mesmos dissabores de todo gestor
em fim de governo, quando até o café chega frio ao gabinete pelo efeito da
caneta com a tinta acabando.
TELEGUIADO – Prefeitos com o carimbo eduardista foram orientados
para constranger o senador Armando Monteiro, ontem, no congresso estadual da
Amupe. O mais assanhado era Adilson Gomes (PSB), de Moreno, que abriu o
berreiro no momento em que o trabalhista justificava sua posição em relação à
desoneração do IPI, que compõe ao lado do IR o Fundo de Participação dos
Municípios (FPM).
BATEU, LEVOU! – Os socialistas já têm o discurso na ponta da língua
contra Armando e o PT se apontarem no FEM (Fundo Estadual dos Municípios) uso
político para beneficiar a candidatura de Paulo Câmara: acusarão Dilma de
distribuir patrulhas mecanizadas sem o menor critério nos municípios.
PREFEITOS COM SEBASTIÃO – Mais dois prefeitos ligados a Inocêncio
Oliveira disseram, ontem, que não o apoiam para federal, porque já deram a
palavra a Sebastião Oliveira: José Baiano, de São Benedito do Sul, e Adenilson
Pereira, de Salgadinho, ambos do PR. Presente ao congresso da Amupe, Inocêncio
disse que sua candidatura depende de uma avaliação sobre a cirurgia no seu joelho.
BRONCA SÉRIA - O projeto Fulgêncio, que assentou colonos que
perderam suas terras por desapropriações feitas pela Chesf, é um barril de
pólvora. Tudo porque não há um só colono que aprove a transferência da sua
gestão para a Codevasf. Se o Governo não abrir o olho rapidamente ocorrerão
vários conflitos armados na região.
SINAL DE DESESPERO - Candidato a senador pela Frente Popular, o
ex-ministro Fernando Bezerra disse que Armando Monteiro, candidato da oposição
a governador, dá sinais de desespero muito cedo ao qualificá-lo de animador de
auditório. “A campanha está só começando. Acho que ele deveria ouvir mais e
andar mais pelo Estado, como estamos fazendo”, reagiu.
CURTAS
PREFEITO PATRIOTA – Na passagem do governador por Bonito, no último
fim de semana, o deputado Gonzaga Patriota ganhou mais um aliado de peso para o
seu projeto de ser reeleito com uma votação acima de 100 mil: o prefeito de
Bonito, Rui Barbosa (PSB).
O SUCESSOR –Embora João Lyra tenha reafirmado, ontem, que não
escolheu ainda nenhum auxiliar para a equipe, o nome mais cotado para
substituir Danilo Cabral na Secretaria de Cidades, a partir de 4 de abril, é o
arquiteto Roberto Freitas, que assumiu a pasta de Obras em Caruaru na gestão do
próprio Lyra.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Para onde vai o PMDB se vier a romper com
Dilma?
'A sabedoria é demasiadamente alta para o tolo, na porta não abrirá a
sua boca'. (Provérbios 24-7)
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