A INCÓGNITA MARINA - O grande desafio de Eduardo, além dos
eventuais problemas com o empresariado, será tentar capturar o voto difuso que
Marina obteve em 2010 e, obviamente ampliá-la com eventuais dissidências nas
áreas do PT e do PSDB. O problema é que a votação de Marina foi resultado de
uma confluência de eleitores bastante diversos, numa situação muito especifica
que pode não se repetir nessas eleições.
Na época, reuniu os insatisfeitos
com José Serra, eleitores tradicionais do PT insatisfeitos com o governo,
principalmente aqueles mais a esquerda, além dos evangélicos. Resta saber que os “insatisfeitos” do momento
ainda veem Marina e por tabela Eduardo Campos como alternativa para o seu voto.
Os evangélicos vão entrar
divididos, já que existe um candidato, o pastor Everaldo, da Assembleia de
Deus, o grupo mais forte entre os evangélicos. Além disso, vai ser preciso que
eles identifiquem a “irmã”, que não é cabeça de chapa, como uma espécie de
avalista de Eduardo Campos.
Para ter sucesso Eduardo precisa
necessariamente de votos em São Paulo, além de se tornar mais conhecido além do
Nordeste. A seu favor existe a possibilidade de uma série de partidos, que tem
interesse em um segundo turno para aumentarem o valor dos seus respectivos
passes.
E que possam colocar as suas
máquinas partidárias para trabalharem a favor da sua candidatura. E certo que o restante dos 30 partidos não
têm interesse que o PT e o PSDB ganhem rapidamente. E aí pode estar uma brecha
a ser explorada por Eduardo.
PP FICA COM DILMA– Os aliados do senador Aécio Neves, candidato
tucano ao Planalto, pressionam para evitar a coligação PP-PT em apoio à
reeleição da presidente Dilma. Mas o presidente do partido, senador Ciro
Nogueira (PI), garante que só falta definir a data na agenda da presidente para
fazer o anúncio. A briga é por 1’30’’ do PP na TV. Sem coligação, Aécio Neves
leva 30 segundos e a oposição fica com um minuto.
PSDB SEM DEPUTADO– Não há um grande entusiasmo entre os tucanos
pernambucanos por uma candidatura própria a governador. Se aliança com Eduardo
romper e o PSDB disputar em faixa própria não elege nenhum deputado
federal. Esta também é a visão do PSB em
Minas Gerais.
CHEIRO DE PIZZA – A Comissão Parlamentar de Inquérito que
investigará denúncias contra a Petrobras, instalada ontem, tem o controle
absoluto do Governo. O presidente é senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que logo
após ser empossado já convocou nova reunião para analisar o plano de trabalho.
A relatoria ficou com o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE).
CHAPÉU ALHEIO- Candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos disse,
ontem, em Brasília, que, caso seja
eleito, não vai “fazer graça com o chapéu alheio” e que não irá desonerar
tributos, reduzindo assim a receita dos municípios brasileiros. Ele também
criticou os ministros da presidente Dilma Rousseff (PT), afirmando que são 'um
bando de desocupados”.
ACIDENTES NO SERTÃO- Sagueiro, a 531 km do Sertão, precisa
urgentemente de pelo menos dois viadutos nos entroncamentos das BRs 232 e 116,
para reduzir o número de acidentes envolvendo pedestres e motoristas de
caminhões. E de um hospital equipado também, porque os acidentados, segundo o
presidente do PV, Alvinho Patriota, estão sendo lavados para Petrolina.
CURTAS
UM PELOTÃO– Sem o tempo do PP, os especialistas calculam que a
presidente Dilma terá cerca de 13 minutos dos 25 de propaganda eleitoral. O
tucano Aécio Neves em torno de 4 minutos e o socialista Eduardo Campos algo
próximo de 1 minuto e 40 segundos.
NA BIENAL- Hoje, estarei participando da Bienal do Livro em
Garanhuns. Falo palestra sobre a temática da seca e em seguida se abre o
debate, para depois ocorrer a noite de autógrafos no estande da Editora Carpe
Diem.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Só o reforço do Exército garante o fim dos
saques observados ontem com a greve da polícia?
'Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites'.
(Provérbios 18-6)
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