A pequena estatura e o olhar, por
vezes, acanhado, escondem suas ambições (políticas). Clóvis Basílio dos Santos,
de 59 anos, natural de Santos, em São Paulo, conhecido mais por seu nome
artístico Kid Bengala, vai encarar uma nova “missão profissional”.
Nestas
eleições, ele será candidato a deputado estadual por São Paulo. No currículo,
nenhum curso específico de administração pública, mas diversos filmes eróticos,
o que lhe coloca como um dos nomes mais conhecidos da pornografia nacional.
“Como candidato, eu não tenho
proposta”, relevou Kid ao jornal Folha de S. Paulo. Talvez, a intenção do astro
pornô seja mais provocar o eleitor do que ter, de fato, um assento no
legislativo. “Vou falar aquelas coisas que todo mundo cansa de ouvir em
eleição”. Entre os exemplos do ator, estão as áreas de saúde, educação e a
violência “gerada pela falta de estrutura cultural pra nossas crianças”. Para
provocar esta discussão, ele já garantiu seus slogans para o horário eleitoral
no rádio e na TV. A criatividade e a relação com o mundo pornô será seu “ponto
forte”.
“Bengala neles se não votar em
mim”, “não leu, não escreveu, o pau comeu” e “o pau vai comer de quina”. Dono
de um humor curioso, Bengala contou, ainda, a origem do seu número nas urnas.
“O pessoal do partido perguntou qual número faz lembrar Kid Bengala”, contou. Ele
não teve dúvida e incorporou o número 33, em “homenagem” ao tamanho comercial
de seu órgão sexual. O tamanho verdadeiro, no entanto, é 5 centímetros a menos
que o escolhido, revelou. Kid Bengala será candidato pelo PTB.
Sexo na pauta
O ator pornô não tem medo de
falar de sexo. No seu discurso é possível notar que o assunto ganha ares de
saúde pública. Ele cita, por exemplo, o ex-presidente Lula (PT), que em 2010
recomendou que a população fizesse mais sexo para combater a hipertensão. “A
democracia não abriu espaço para os evangélicos, para o conservador? Então, vai
abrir pra mim. Se não abrir de um jeito, vai abrir de outro”, polemizou. Esta,
porém, não é a primeira vez que Kid Bengala concorre a um mandato. Em 2008, ele
foi candidato a vereador de São Paulo pelo PPS. Ficou com 902 votos e não foi
eleito.
Diario de Pernambuco
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