Sindicato decidiu por paralisação
por tempo indeterminado em assembleia. Eles pedem implementação de
revisão do PCCR e de aula atividade.
Os professores do Sindicato
Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), que
decretaram estado de greve em assembleia na última quarta (9), prometem
deflagrar a paralisação por tempo indeterminado na próxima terça (15), depois
de uma nova reunião. Entre as demandas, eles pedem implementação da revisão
feita pelo sindicato no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), além
de implementação imediata da aula atividade, que destina uma parte da carga
horária mensal dos professores para planejamento de aulas.
Segundo a categoria, uma
reformulação do PCCR já foi feita pelo sindicato, mas a Prefeitura do Recife
deseja fazer uma nova reunião para discutir essa modificação. “A revisão já foi
feita e entregue à prefeitura. Ela deveria enviar para a câmara para ser
aprovada. Mas a prefeitura agora quer fazer uma nova comissão para acrescentar
uma avaliação de desempenho para progressão funcional, que acreditamos ser
antissindical”, alega uma das integrantes da direção do Simpere, Simone
Fontana.
As reivindicações incluem a lei
do piso, o aumento na titulação dos professores, o descongelamento das
gratificações e a aposentadoria especial para professores que não estão em
regência. “A Prefeitura fez um acordo e não cumpriu [em relação à implementação
da aula-atividade]. O que foi decidido é que ela seria obrigatória, teria um
professor pra substituir, iria diminuir a carga horária dos docentes. Mas ao
invés disso, temos o pagamento de abono salarial para alguns professores”,
critica Fontana.
A Lei do Piso, de 2008, confere
que 1/3 da carga horária mensal dos professores seja reservada em atividades
fora de sala de aula, como planejamento e formação continuada. A Prefeitura do
Recife deu aos professores a escolha de terem a aula atividade ou ganharem o
abono salarial, já que trabalhariam ao invés de ter a aula atividade.
“Ocorre que vários docentes
procuraram diretamente a Secretaria de Educação solicitando a manutenção do
abono. Diante das inúmeras solicitações, a partir de julho [de 2014], a
Secretaria resolveu dar aos professores o direito de escolher a opção que
melhor lhes convêm: continuar recebendo o abono ou reduzir a carga horária com
os estudantes em 1/3”, afirma a prefeitura, por nota. Ainda em relação à aula
atividade, a gestão frisa que a lei pode ser implementada aos poucos.
A prefeitura rebate as críticas
do PCCR afirmando que as alterações só podem ser realizadas depois de um longo
debate. “A última vez que o PCCR foi alterado foi em 2008, portanto não é algo
que pode ser modificado da noite para o dia, sem discussão. Por esse motivo, as
secretarias de Educação e de Administração e Gestão de Pessoas entendem que o
PCCR só pode ser alterado após um amplo debate, para que possa atender aos
anseios da categoria e também às novas diretrizes desta gestão”, aponta a
gestão municipal.
Do G1 PE
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