sábado, 30 de agosto de 2014

Em Salgueiro, estudantes cultivam horta em garrafas PET

Estudantes aprendem a manejar o adubo e regar as hortaliças / Divulgação
Material que é retirado do ambiente para ajudar no combate à dengue ganhou um fim nobre

Despertar a consciência ecológica de estudantes é o objetivo de um projeto desenvolvido em Salgueiro, no Central. Educadores e alunos da Escola Municipal Professora Cleuzemi Pereira estão construindo uma horta horizontal e orgânica com reaproveitamento de garrafas PET.

O resultado não podia ser melhor. A prática coletiva e ordenada vem fazendo brotar hortaliças como rúcula, alface e espinafre. Estudantes do 5º anos do ensino fundamental, Caune Macedo, 10 anos, está entre os jovens que se empolgaram com o projeto. “Ações como essas deixam o ambiente mais bonito e melhoram a qualidade do ar. Aprendi como preparar a horta, plantar e regar. Gostei de tudo porque nunca havia participado de uma aula assim”, disse. Os alunos, além de manejarem o estrume, aprendem sobre o valor nutricional de cada hortaliça.

Já a colega Maria Gabrielly, 12 anos, aposta nos ganhos nutricionais que os produtos têm quando recebem cuidados livres de agrotóxicos. “Acho importante um trabalho cuidadoso e comprometido com uma alimentação correta porque as hortaliças fazem bem para a saúde”, acrescentou.

A largada do projeto foi há duas semanas, com palestras e debate envolvendo várias turmas da unidade de ensino. Já há novos encontros agendados. Os alunos ficam responsáveis por acompanhar o processo de germinação, regando os canteiros. Com o apoio e suporte dos professores, todos decidirão se as plantas colhidas serão usadas na merenda escolar ou levadas para casa.

O estímulo à agricultura orgânica partiu do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Essa preocupação com a qualidade de vida e saúde da comunidade já focou em outro projeto adotado pela Prefeitura, voltado para o combate à dengue, desenvolvido em unidades de enside áreas com grande incidência da doença.

Uma das atividades era a coleta de garrafas abandonadas, que são focos do mosquito, para serem transformadas em canteiros. Segundo o oficineiro Alcemir Siqueira, os resultados têm transformado a rotina dos estudantes. “Com o uso dessas garrafas na horta, a gente trabalha o meio ambiente, combate a dengue e melhorando a alimentação das crianças”, explicou Alcemir.

Jornal do Commercio 

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