Foto: Sérgio Neves/Estadão Conteúdo/Arquivo
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O ex-médico era considerado um
dos principais especialista em reprodução humana no Brasil. Após sua condenação
e fuga, passou a ser um dos criminosos mais procurados pela Polícia Civil do
estado de São Paulo. A recompensa por informações sobre seu paradeiro era de R$
10 mil.
Em nota, a Secretaria da
Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que a prisão do ex-médico ”somente
foi possível por informações obtidas em investigações do Ministério Público do
Estado (MPE) que contaram com a colaboração da Polícia Civil do Estado de São
Paulo”.
“As apurações incluíram o
cumprimento de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça numa
fazenda de propriedade do médico em Avaré, em maio. Dos trabalhos, participaram
promotores e policiais civis”, acrescenta o comunicado.
Denúncias e condenação
Roger Abdelmassih foi acusado por
35 pacientes que disseram ter sido atacadas dentro da clínica que ele mantinha
na Avenida Brasil, na região dos Jardins, área nobre da cidade de São Paulo. Ao
todo, as vítimas acusaram o médico de ter cometido 56 estupros.
As denúncias contra o médico
começaram em 2008. Abdelmassih foi indiciado em junho de 2009 por estupro e
atentado violento ao pudor. Ele chegou a ficar preso de 17 de agosto a 24 de
dezembro de 2009, mas recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de
responder o processo em liberdade.
Em 23 de novembro de 2010, a
Justiça o condenou a 278 anos de reclusão. Abdelmassih não foi preso logo após
ter sido condenado porque um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) dava a ele o direito de responder em liberdade.
O habeas corpus foi revogado pela
Justiça em janeiro de 2011, quando ex-médico tentou renovar seu passaporte, o
que sugeria a possibilidade de que ele tentaria sair do Brasil. Como a prisão
foi decretada e ele deixou de se apresentar, passou a ser procurado pela
polícia. Em maio de 2011, Abdelmassih teve
o registro de médico cassado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
Médico alegava inocência
O ex-médico sempre alegou
inocência. Chegou a dizer que só ‘beijava’ o rosto das pacientes e vinha sendo
atacado por um "movimento de ressentimentos vingativos". Mas, em
geral, as mulheres o acusaram de tentar beijá-las na boca ou acariciá-las
quando estavam sozinhas - sem o marido ou a enfermeira presente.
Do G1
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