"Quando ocorrerá o aumento,
essa é decisão que mexe com o mercado, com ações, não se comenta. É questão das
empresas responsáveis", afirmou o ministro, que também é presidente do
Conselho de Administração da Petrobras.
O ministro da Fazenda, Guido
Mantega, disse nesta terça-feira (5) que em todos os anos houve correção nos
preços da gasolina e que o comportamento do governo é continuar com reajustes
normais, mas negou que haverá "tarifaço" após as eleições de outubro.
"Todos os anos tem correção
do preço da gasolina. Uns mais, outros menos, todos os anos têm correção. Não
houve nenhum ano em que que não teve aumento da gasolina. Essa é a regra",
afirmou o ministro em entrevista à agência de notícias Reuters.
Mantega deu a declaração ao ser
questionado se, com a desaceleração da inflação mais para o fim deste semestre,
haveria espaço para ajustes nos preços administrados. "Nosso comportamento
é continuar com reajustes normais (da gasolina), sem tarifaço", afirmou o
ministro.
Quando ocorrerá o aumento, essa é decisão que
mexe com o mercado, com ações, não se comenta Guido Mantega A diretoria da
Petrobras tem pleiteado ao governo reajuste dos preços dos combustíveis para
reduzir a defasagem dos valores cobrados no Brasil em relação aos do exterior,
algo que afeta as finanças da companhia.
A gasolina tem um peso importante
no IPCA, índice que baliza a meta de inflação do governo. A meta é de 4,5% ao
ano, com margem de tolerância de dois pontos para mais ou para menos.
Com o IPCA em 12 meses acima do
teto da meta atualmente, o governo tem menos espaço para elevar preços
administrados como os dos combustíveis.
A última vez em que houve
reajuste nos preços da gasolina foi em novembro do ano passado, quando a
Petrobras anunciou aumento médio de 4% na gasolina e de 8% no diesel, nas
refinarias (nas bombas, diretamente para o consumidor, o reajuste podia ser
outro). Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao consumidor
final seria de cerca de 3%.
Da Reuters
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