O Ministério da Saúde, por meio
das secretarias estaduais e municipais, tenta identificar as meninas de 11 a 13
anos que ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra o papiloma vírus
humano (HPV).
Dados da pasta indicam baixa adesão neste segundo momento da
cobertura vacinal.
No primeiro mês de aplicação da
segunda dose, 914 mil adolescentes foram imunizadas. O número representa 18,4%
do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos. A
vacinação da segunda dose começou no dia 1º de setembro.
O último balanço do governo mostra
que, desde 10 de março, quando a imunização passou a ser ofertada gratuitamente
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 4,5 milhões de meninas receberam a primeira
dose da vacina, o que representa 92,6% do público-alvo.
O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, lembrou que se trata de uma vacina nova, que passou a integrar o
calendário básico de imunização apenas este ano. Outra particularidade
considerada pelo governo, segundo ele, é o público-alvo: adolescentes, faixa
etária que dificilmente procura postos de saúde por não ter de tomar nenhuma
outra dose.
“O que vamos fazer é um trabalho
mais pontual. Estamos identificando meninas que não tomaram a segunda dose e
convocando para comparecer aos postos”, explicou, ao se referir ao plano como
uma estratégia para as meninas faltosas.
Chioro ressaltou que, apesar da
campanha deflagrada no primeiro semestre deste ano, a vacina contra o HPV foi
incorporada ao calendário básico de imunização. Assim, está disponível nos
postos de saúde durante todo o ano e não apenas no período da campanha. Dessa
forma, meninas que completaram 11 anos apenas agora devem procurar uma unidade
de saúde para receber a primeira dose.
O SUS oferece a vacina
quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e
18). Os últimos dois subtipos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de
câncer de colo de útero em todo o mundo.
Cada adolescente deve tomar três
doses da vacina para completar a proteção: a segunda, seis meses após a primeira
e a terceira, cinco anos após a primeira dose.
Agência Brasil
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