quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

No clássico entre Santa Cruz e Náutico, venceu o melhor

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Sabe a velha história do que “vença o melhor”?

Foi justamente o que aconteceu entre Santa Cruz e Náutico, pelo menos nessa noite de quarta (26).

Do chute na trave de Waldison no primeiro minuto de jogo ao gol de Betinho no cerrar das cortinas, o Santa Cruz tocou mais a bola, marcou com mais equilíbrio, articulou melhor as jogadas e, consequentemente, esteve sempre mais próximo de marcar.

Não que o Náutico fosse um time apático, pelo contrário, também correu, marcou e tentou tocar a bola, só que com mais ansiedade que precisão. Mesmo assim, a sorte sorriu para os alvirrubros, num lance que acabou sendo capital para o resultado do jogo, ao Renato estourar a bola no travessão.

Os times, na verdade, se equiparam tecnicamente, mas o Santa Cruz leva uma pequena vantagem na atuação do meio-campo. Guilherme Biteco – embora só em um tempo – e Raniel garantem velocidade e qualidade no passe, fazendo a bola girar no sentido do gol.

Qualidades que Patrick Vieira e Bruno Alves podem até ter, mas de forma isolada, sem ainda transformar o talento em benefício para o time.

Na balança da pressão, o lado tricolor ficou mais leve agora o peso pende para os alvirrubros. Só que o clássico deixou a impressão que apesar das limitações de Santa Cruz e Náutico, há sinais de que um trabalho está sendo feito e que existe espaço, sim, para os times evoluírem.

Sobre a arbitragem, nada de excepcional, para o bem e para o mal. O lance que os alvirrubros reclamam de falta no gol de Betinho foi uma jogada de disputa de bola normal, que o lateral David perdeu, como havia perdido outras vezes na mesma partida.

Aliás, foi a vez da zaga do Náutico oscilar, inclusive o goleiro Júlio César, que no melhor estilo Bruno, abriu espaço para o início da reação coral. Mas tem crédito de sobra, ainda.

Domingo que vem tem a revanche e com pequenos acertos na parte coletiva, o Náutico pode muito bem devolver o placar. Cabe ao Santa manter o passo e entender que a evolução é apenas parte do caminho e não o fim do percurso.


Blog do Torcedor 

Nenhum comentário: