Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem |
Sabe a velha história do que “vença o
melhor”?
Foi justamente o que aconteceu entre
Santa Cruz e Náutico, pelo menos nessa noite de quarta (26).
Do chute na trave de Waldison no
primeiro minuto de jogo ao gol de Betinho no cerrar das cortinas, o Santa Cruz
tocou mais a bola, marcou com mais equilíbrio, articulou melhor as jogadas e,
consequentemente, esteve sempre mais próximo de marcar.
Não que o Náutico fosse um time
apático, pelo contrário, também correu, marcou e tentou tocar a bola, só que
com mais ansiedade que precisão. Mesmo assim, a sorte sorriu para os
alvirrubros, num lance que acabou sendo capital para o resultado do jogo, ao
Renato estourar a bola no travessão.
Os times, na verdade, se equiparam
tecnicamente, mas o Santa Cruz leva uma pequena vantagem na atuação do
meio-campo. Guilherme Biteco – embora só em um tempo – e Raniel garantem
velocidade e qualidade no passe, fazendo a bola girar no sentido do gol.
Qualidades que Patrick Vieira e Bruno
Alves podem até ter, mas de forma isolada, sem ainda transformar o talento em
benefício para o time.
Na balança da pressão, o lado tricolor
ficou mais leve agora o peso pende para os alvirrubros. Só que o clássico
deixou a impressão que apesar das limitações de Santa Cruz e Náutico, há sinais
de que um trabalho está sendo feito e que existe espaço, sim, para os times
evoluírem.
Sobre a arbitragem, nada de
excepcional, para o bem e para o mal. O lance que os alvirrubros reclamam de
falta no gol de Betinho foi uma jogada de disputa de bola normal, que o lateral
David perdeu, como havia perdido outras vezes na mesma partida.
Aliás, foi a vez da zaga do Náutico
oscilar, inclusive o goleiro Júlio César, que no melhor estilo Bruno, abriu
espaço para o início da reação coral. Mas tem crédito de sobra, ainda.
Domingo que vem tem a revanche e com
pequenos acertos na parte coletiva, o Náutico pode muito bem devolver o placar.
Cabe ao Santa manter o passo e entender que a evolução é apenas parte do
caminho e não o fim do percurso.
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do Torcedor
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