Neste domingo (26), é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão Arterial. A doença é a principal causa de infartos e derrames no
mundo
Dona
Socorro Cardoso tem 60 anos. Mãe de três filhos, ela convive há mais de duas
décadas com um mal silencioso responsável pela morte de 17,1 milhões de pessoas
anualmente em todo o mundo, a hipertensão. No Brasil, são 300 mil mortes por
ano, 820 mortes por dia, 30 mortes por hora, uma morte a cada dois minutos,
segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. A pressão alta faz com que a
dona de casa conviva com uma rotina de medicamentos e cuidados. Ela engrossa as
estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde, que atende mais de 2,6 milhões de
pessoas com a doença na rede de Atenção Básica. Mas o que é hipertensão? E por
que essa doença é tão perigosa?
No
próximo domingo (26), é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão Arterial. A doença é causada quando a pressão que vem do coração se
faz de maneira intensa nos vasos sistêmicos e alcança valores maiores que o
aceitável, 12 por 8. "É importante que as pessoas entendam os sinais do
corpo mostrando que algo não vai bem. São dores de cabeça, principalmente na
nuca, falta de ar, insônia, até irritabilidade. Quem já tem histórico familiar
deve ter atenção maior porque a pressão alta também pode ser
assintomática", esclareceu a cardiologista Fátima Buarque, coordenadora da
Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da Restauração.
Em
dona Socorro, o alerta veio através de dores de cabeça fortes e frequentes.
"Fui para a emergência, e o médico
disse que era emocional, ainda assim me mandou para o cardiologista. Fiz
alguns exames e descobri a hipertensão. Já
cheguei a ter 19 por 13, mas nunca foi nada grave", contou a dona
de casa. A preocupação dela é justificável. "A hipertensão arterial é uma
das principais causas de infarto agudo do miocárdio e derrames. Está entre as
principais causas de morte no mundo
inteiro", ressaltou a cardiologista. A pressão alta ainda pode levar à
insuficiência renal e problemas na visão.
Para
controlar a doença, é essencial a visita ao médico. As dicas são de quem já se
adaptou à rotina imposta pela doença. "Quando descobri que era hipertensa,
cheguei a passar três meses sem comer sal e tomei vários remédios. Até me
considero privilegiada por ser magra, mas também não bebo e isso ajuda. Evito
frituras, gorduras, salgadinhos. Prefiro ir andando para os lugares, já que não
faço atividade física sempre. A única coisa que ainda preciso é parar de fumar.
Sei que assim estou me prejudicando, mas tenho me esforçado", ensinou dona
Socorro.
Lafepe
O
Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) produz quatro
medicamentos anti-hipertensivos que são vendidos para as secretarias municipais
de Saúde. Os órgãos repassam gratuitamente aos pacientes através do Sistema
Único de Saúde. Os remédios distribuídos são: hidroclorotiazida, propranolol,
furosemida e captopril.
Do Diário de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário