sexta-feira, 10 de abril de 2015

Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Lava Jato

Foto: Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (10) a 11ª fase da Operação Lava Jato, intitulada A Origem, que investiga desvios de recursos na Petrobras. Cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais: sete de prisão, nove de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão nos estados do Paraná, da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de São Paulo e no Distrito Federal. Segundo a PF,  também foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, no Paraná.

Entre os mandados de prisão, está o do ex-deputado federal pernambucano e ex-presidente do PP Pedro Corrêa, que já havia sido condenado no processo do mensalão. Ele cumpre pena no presídio de Canhotinho, no Agreste de Pernambuco, desde janeiro de 2014.

De acordo com a Polícia Federal do Paraná, o ex-deputado Pedro Corrêa e alguns dos seus assessores receberam dinheiro ilegal do doleiro Alberto Youssef. A PF afirmou que possui um laudo pericial onde estão anexados vários comprovantes de depósitos de Youssef feitos diretamente na conta do ex-deputado. A investigação também levou em consideração o aumento do patrimônio de Pedro Corrêa sem cobertura legal.
O ex-petista André Vargas, que teve o mandato de deputado federal cassado em dezembro do ano passado por quebra de decoro também está na lista e foi preso por volta das 6h no condomínio onde mora, em Londrina, no Paraná.

Também foram detidos nesta manhã o ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) e o ex-presidente do PP Pedro Corrêa, que já havia sido condenado no processo do mensalão.

OPERAÇÃO - De acordo com a PF, a atual fase tem como bases a investigação feita em diversos inquéritos policiais e a baixa de procedimentos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal, apurando fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, que abrangem os crimes de organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.

O órgão informou que a investigação abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos em outros órgãos públicos federais.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Da Agência Brasil e NE10

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