PSDB ATACA NA TV - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não é
candidato a absolutamente nada, mas aparecerá no programa do PSDB, amanhã, como
principal estrela. Na sua fala, ataca o ex-presidente Lula, que o sucedeu no
cargo. "Não se pode responsabilizar apenas a atual presidente", dirá
FHC, antes de acrescentar que "todo esse esquema de corrupção começou com
o ex-presidente Lula".
Em artigo recente, FHC pediu à
sociedade brasileira que repudie o ex-presidente Lula. "Embora os
diretores da Petrobras diretamente envolvidos na roubalheira devam ser
penalizados, não foram eles os responsáveis maiores. Quem enganou o Brasil foi
o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa
autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política?", questionou
em seu último artigo.
De qualquer forma, o novo ataque
de FHC a Lula sinaliza que o PSDB já se preocupa mais com 2018, quando Lula
poderá ser eventual candidato do PT à presidência da República, do que com o
impeachment da presidente Dilma Rousseff – algo que parece inviável.
Os tucanos exibem o seu programa
partidário semestral em rede de rádio e de TV, com 10 minutos de duração –e o
comercial de 30 segundos com o discurso do medo contra o PT deve ser
aproveitado. A direção do filme do PSDB é do publicitário e músico Jarbas
Agnelli, que postou em sua página numa rede social o seguinte comentário: “Uma
frase que talvez ajude a explicar esta década de mediocridade, com líderes
incultos e pobres de espírito: o que você consegue imaginar depende daquilo que
você sabe''.
A criação da peça do PSDB ficou a
cargo de Guillermo Raffo e de Marcelo Arbex. O marqueteiro argentino Guillermo
Raffo trabalhou na campanha presidencial do tucano Aécio Neves em 2014. Raffo
também tem trabalhos prestados ao PT –em 2004, comandou a campanha vitoriosa do
petista Fernando Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte.
O roteiro mostra uma família
(pai, mãe e filha) sob chuva durante a noite. O narrador vai dizendo que as
coisas estão piorando no País. Aí, subitamente, aparece uma mão na tela e
arranca o guarda-chuva que protege os protagonistas do comercial. Na narrativa
peessedebista, a mão do “maldoso” que arrancou o guarda-chuva da família é uma
alusão à mão do “governo” do PT que estaria desamparando os brasileiros.
Aí entra o locutor da cena:
“Quando você mais precisa, o governo aumenta os impostos, a luz, os juros, a
gasolina e quer cortar o seguro-desemprego… Quando você mais precisa, o governo
quer que você pague a conta dos erros que ele cometeu”.
O comercial tucano termina com
uma grande inscrição, toda em letras maiúsculas: “CHEGA”. E identificação da
autoria da peça surge no final: “PSDB, oposição a favor do Brasil”.
MEMÓRIA CURTA – FHC bateu duro em Dilma por ter escolhido o
vice-presidente Michel Temer coordenador do seu Governo. Mas na falta de um
ministro para exercer as funções de articulador político do Governo, Fernando
Henrique também recorreu ao seu vice, o ex-senador Marco Maciel, que fez várias
reuniões com deputados e presidentes de partidos. Conhecido por sua paciência
quase inesgotável, Maciel exerceu papel fundamental na relação do Governo FHC
com o Congresso.
FATO NOVO EM PETROLINA - Filho do conselheiro Ranilson Ramos, do
Tribunal de Contas do Estado, o deputado Lucas Ramos (PSB) ganhou aderência
para disputar a Prefeitura de Petrolina depois do apoio do deputado Gonzaga
Patriota. Segundo o secretário de Defesa Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti,
Lucas pode vir a ser apoiado também pelo prefeito Júlio Lóssio (PMDB).
PEDALADA DE LEVY – Está marcada para a próxima sexta-feira a
reunião do conselho curador do Fundo de Investimentos do FGTS que decidirá
sobre um aporte da ordem de R$ 10 bilhões ao BNDES. A oposição diz que é uma
espécie de “pedalada do ministro Joaquim Levy”, pois, assim, o Governo usa recursos
do FGTS – e não do Tesouro – para dar ao BNDES.
DISTRITAL CONFUSO – A adoção do voto distrital puro ou misto criará
divisões distritais diferentes nos Estados. Uma para eleger os federais, outra
para votar nos estaduais. O Brasil elege 513 deputados federais e 1.059
deputados estaduais. Essa diferença, em cada Estado, obrigará cada um deles a
dividir seu território em dois tipos de distrito. Um para eleger os federais e
outro para os estaduais. O eleitor vai entender?
CANDIDATO DE LABANCA – Em São Lourenço da Mata, o prefeito Ettore
Labanca (PSB) já bateu o martelo: o candidato do seu grupo à sua sucessão no
ano que vem é o vice Gino Albanez (PSB). O pré-lançamento ocorreu sábado
durante almoço na casa de Labanca com a presença do governador Paulo Câmara, do
vice Raul Henry e de uma penca de políticos.
CURTAS
NA DISPUTA – Já em Caruaru, há uma possibilidade do prefeito José
Queiroz optar pelo nome do senador Douglas Cintra, mesmo este estando hoje no
PTB e sendo ligado ao ministro Armando Monteiro. Empresário bem-sucedido,
Cintra vem tendo bom desempenho no Senado.
PARALISAÇÃO – O deputado Júlio Cavalcanti (PTB) diz que, na
audiência pública da Alepe sobre obras paradas, quinta-feira passada em
Arcoverde, também foram constatadas um leque de responsabilidade do Estado,
entre as quais a do Corpo de Bombeiros, onde foi feita apenas a terraplanagem.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: O que Renan quer com os governadores ao
convocar uma reunião com todos eles quarta-feira, em Brasília?
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