segunda-feira, 18 de maio de 2015

Do blog do Magno Martins: Coluna da segunda-feira

PSDB ATACA NA TV - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não é candidato a absolutamente nada, mas aparecerá no programa do PSDB, amanhã, como principal estrela. Na sua fala, ataca o ex-presidente Lula, que o sucedeu no cargo. "Não se pode responsabilizar apenas a atual presidente", dirá FHC, antes de acrescentar que "todo esse esquema de corrupção começou com o ex-presidente Lula".

Em artigo recente, FHC pediu à sociedade brasileira que repudie o ex-presidente Lula. "Embora os diretores da Petrobras diretamente envolvidos na roubalheira devam ser penalizados, não foram eles os responsáveis maiores. Quem enganou o Brasil foi o lulopetismo. Lula mesmo encharcou as mãos de petróleo como arauto da falsa autossuficiência. E agora, José? Não há culpabilidade política?", questionou em seu último artigo.

De qualquer forma, o novo ataque de FHC a Lula sinaliza que o PSDB já se preocupa mais com 2018, quando Lula poderá ser eventual candidato do PT à presidência da República, do que com o impeachment da presidente Dilma Rousseff – algo que parece inviável.

Os tucanos exibem o seu programa partidário semestral em rede de rádio e de TV, com 10 minutos de duração –e o comercial de 30 segundos com o discurso do medo contra o PT deve ser aproveitado. A direção do filme do PSDB é do publicitário e músico Jarbas Agnelli, que postou em sua página numa rede social o seguinte comentário: “Uma frase que talvez ajude a explicar esta década de mediocridade, com líderes incultos e pobres de espírito: o que você consegue imaginar depende daquilo que você sabe''.

A criação da peça do PSDB ficou a cargo de Guillermo Raffo e de Marcelo Arbex. O marqueteiro argentino Guillermo Raffo trabalhou na campanha presidencial do tucano Aécio Neves em 2014. Raffo também tem trabalhos prestados ao PT –em 2004, comandou a campanha vitoriosa do petista Fernando Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte.

O roteiro mostra uma família (pai, mãe e filha) sob chuva durante a noite. O narrador vai dizendo que as coisas estão piorando no País. Aí, subitamente, aparece uma mão na tela e arranca o guarda-chuva que protege os protagonistas do comercial. Na narrativa peessedebista, a mão do “maldoso” que arrancou o guarda-chuva da família é uma alusão à mão do “governo” do PT que estaria desamparando os brasileiros.

Aí entra o locutor da cena: “Quando você mais precisa, o governo aumenta os impostos, a luz, os juros, a gasolina e quer cortar o seguro-desemprego… Quando você mais precisa, o governo quer que você pague a conta dos erros que ele cometeu”.

O comercial tucano termina com uma grande inscrição, toda em letras maiúsculas: “CHEGA”. E identificação da autoria da peça surge no final: “PSDB, oposição a favor do Brasil”.

MEMÓRIA CURTA – FHC bateu duro em Dilma por ter escolhido o vice-presidente Michel Temer coordenador do seu Governo. Mas na falta de um ministro para exercer as funções de articulador político do Governo, Fernando Henrique também recorreu ao seu vice, o ex-senador Marco Maciel, que fez várias reuniões com deputados e presidentes de partidos. Conhecido por sua paciência quase inesgotável, Maciel exerceu papel fundamental na relação do Governo FHC com o Congresso.

FATO NOVO EM PETROLINA - Filho do conselheiro Ranilson Ramos, do Tribunal de Contas do Estado, o deputado Lucas Ramos (PSB) ganhou aderência para disputar a Prefeitura de Petrolina depois do apoio do deputado Gonzaga Patriota. Segundo o secretário de Defesa Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, Lucas pode vir a ser apoiado também pelo prefeito Júlio Lóssio (PMDB).

PEDALADA DE LEVY – Está marcada para a próxima sexta-feira a reunião do conselho curador do Fundo de Investimentos do FGTS que decidirá sobre um aporte da ordem de R$ 10 bilhões ao BNDES. A oposição diz que é uma espécie de “pedalada do ministro Joaquim Levy”, pois, assim, o Governo usa recursos do FGTS – e não do Tesouro – para dar ao BNDES.

DISTRITAL CONFUSO – A adoção do voto distrital puro ou misto criará divisões distritais diferentes nos Estados. Uma para eleger os federais, outra para votar nos estaduais. O Brasil elege 513 deputados federais e 1.059 deputados estaduais. Essa diferença, em cada Estado, obrigará cada um deles a dividir seu território em dois tipos de distrito. Um para eleger os federais e outro para os estaduais. O eleitor vai entender?

CANDIDATO DE LABANCA – Em São Lourenço da Mata, o prefeito Ettore Labanca (PSB) já bateu o martelo: o candidato do seu grupo à sua sucessão no ano que vem é o vice Gino Albanez (PSB). O pré-lançamento ocorreu sábado durante almoço na casa de Labanca com a presença do governador Paulo Câmara, do vice Raul Henry e de uma penca de políticos.

CURTAS

NA DISPUTA – Já em Caruaru, há uma possibilidade do prefeito José Queiroz optar pelo nome do senador Douglas Cintra, mesmo este estando hoje no PTB e sendo ligado ao ministro Armando Monteiro. Empresário bem-sucedido, Cintra vem tendo bom desempenho no Senado.

PARALISAÇÃO – O deputado Júlio Cavalcanti (PTB) diz que, na audiência pública da Alepe sobre obras paradas, quinta-feira passada em Arcoverde, também foram constatadas um leque de responsabilidade do Estado, entre as quais a do Corpo de Bombeiros, onde foi feita apenas a terraplanagem.


PERGUNTAR NÃO OFENDE: O que Renan quer com os governadores ao convocar uma reunião com todos eles quarta-feira, em Brasília?

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