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A princesa
Isabel, herdeira do trono do imperador D. Pedro II, foi prometida ao rico e
distinto príncipe Augusto, o Duque de Saxe-Coburgo. A irmã, princesa
Leopoldina, por sua vez, destinada ao príncipe Gastão de Orléans, o Conde d’Eu.
No Rio de Janeiro, uma troca dos noivos, sacramentada pelo “coração”, mudaria o
destino das “meninas” e da trajetória da maior monarquia das Américas
(1822-1889).
A história
contada em poucos livros didáticos, e aceita pela academia, de que as
princesas, com o aval do pai, inverteram o jogo dos casamentos arranjados, em
plena metade do século 19, ganhou uma nova luz graças ao trabalho do príncipe
D. Carlos Tasso de Saxe Coburgo de Bragança, no livro A intriga, publicado
recentemente pela editora Senac.
D. Carlos
Tasso - descendente do imperador D. Pedro II e primo do atual chefe da Família
Imperial do Brasil, o príncipe D. Pedro Carlos Bourbón de Orléans e Bragança -
expõe ao grande público os bastidores que rechearam a vida da corte brasileira.
A troca de noivos, tendo a princesa Isabel se tornando mulher do Conde d'Eu, e
sua irmã Leopoldina do Duque de Saxe, esquentou, e muito, a disputa de
potências europeias que desejavam ampliar sua influência em território
sul-americano.
Todos sabiam,
sobretudo, que o imperador D. Pedro II levava uma vida discreta, ao contrário
de muitos presidentes republicanos, mantendo palácios simples com seu salário
congelado por mais de 49 anos de reinado.
O que
interessava, claro, não era a riqueza da família Bragança, em sua ramificação
brasileira. E sim, o país de “grande futuro”, nas palavras de viajantes e de
assessores (como diplomatas) dos soberanos europeus. Até a rainha Vitória, da
Inglaterra, se movimentou para impor seus interesses no casamento das princesas
do Brasil.