O ROSISMO EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
Era o inicio do fim, os governistas locais transformando um comício da oposição em propaganda do candidato ao governo estadual.
A 16 de setembro, noticiava, ainda, “O LIDADOR” que o Sr. MIGUEL LAGOS, presidente do TIRO DE GUERRA 113, renunciara, diante da criminosa indisciplina de alguns sócios, “que tem procurado envolver a política entre os demais associados”. Renunciara para não ter de prender os indisciplinados do TIRO, alegando mais que havia descontentamento na agremiação “pelo modo sedicioso a que se tem prestado esta numa cabala de descomposturas e epítetos incabíveis ao Snr. Dr. ROSA E SILVA que, se não é general do exército, é senador da República”.
Em 21 de outubro, relatava o hebdomadário vitoriense que, em comício promovido pelo senador estadual e prefeito do município Dr. HENRIQUE LINS, no domingo 15, enquanto os oradores discursavam 12 rapazes do TIRO 113, sob o comando de um sargento, armados de sabres e carabinas, tendo à frente um tambor que batia estridentemente, fazendo manobras em derredor do povo, numa atitude ameaçadora, com o intuito de perturbar a reunião.
Francisco Rosa e Silva |
Tal noticiário mostra o clima de agitação que viveu a cidade durante o período pré-eleitoral, com provocações, ameaças e reações de parte a parte.
Um contingente do exército foi enviado para a VITÓRIA sob o pretexto de assegurar a ordem e o pleito.
Continua...
Texto original do autor
FONTE: ARAGÃO, José de. História da Vitória de Santo Antão. Volume 2
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