domingo, 21 de agosto de 2011

Empresas passam a valorizar funcionários acima dos 50 anos

ACERTE O RUMO
Por Sílvia Gusmão
O embate entre as novas ideias dos jovens e a experiência dos profissionais mais velhos parece estar dando uma reviravolta. Pesquisa encomendada pela Folha de São Paulo ao Ministério do Trabalho e Emprego revelou que os salários dos profissionais acima dos 50 anos tiveram os maiores aumentos entre 2005 e 2010, comparados aos de outras faixas etárias.
Enquanto a remuneração média dos trabalhadores de 50 a 64 anos subiu 55% e a dos profissionais com 65 anos ou mais, recebeu aumento de 73%, a média de crescimento entre todos os empregados foi de 48%. E tem mais: houve acréscimo no número de vagas também para os que têm mais experiência.

Entre 2009 e 2010, por exemplo, elevou-se em 4,7% a participação da população com 50 anos ou mais no mercado de seis regiões metropolitanas analisadas pelo IBGE – Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. E no grupo de 25 a 49 anos, o crescimento foi de apenas 0,9%.
Que fatores podem estar contribuindo para essa abertura do mercado e a diminuição do preconceito em relação à idade? Um deles, a ser seriamente considerado, é a constatação de que experiência, bom senso e competência adquirida pela vivência cotidiana dos problemas, podem fazer diferença na tomada de decisões mais equilibradas e eficazes.
Nesse sentido, os profissionais maduros podem ser tão imprescindíveis para as organizações quanto a oxigenação das ideias trazidas pelos jovens.
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