terça-feira, 20 de setembro de 2011

Hoje é dia de eleição do novo reitor da UFRPE. Confira o perfil dos candidatos

Vencedor vai gerir a instituição entre 2012 e 2016

JÚLIA VERAS
A comunidade acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), composta de quase 20 mil pessoas, vai hoje às urnas para decidir quem será o novo reitor da instituição de ensino.
A votação ocorre das 8h às 22h, no campus-sede, nas unidades do Interior, nos campi avançados, no Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai) e nos polos de Ensino a Distância, que incluem locais na Bahia, Ceará, Paraíba e Tocantins. Para o pleito, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disponibilizou 74 urnas, sendo a maioria eletrônicas e a algumas de papel, para os estudantes dos polos a distância mais distantes.
Na eleição de hoje será escolhido aquele que irá gerir a instituição de 2012 a 2016. Os eleitores irão escolher entre quatro chapas concorrentes, por ordem numérica. A número 20 é composta por Maria José de Sena (reitora) e Marcelo Brito Carneiro Leão (vice-reitor); a número 40, composta por Reginaldo Barros (reitor) e Joaquim Evêncio Neto (vice-reitor); número 60, composta por Fábio Hissa Vieira Hazin (reitor) e Ângelo Brás Callou (vice-reitor); e a chapa de número 68, composta por Hélio Cabral Lima (reitor) e Delio Mendes da Fonseca Silva Filho (vice-reitor).
Segundo informações da assessoria de Imprensa da UFRPE, podem votar todos os docentes, estudantes e técnicos-administrativos da instituição, sendo que cada segmento contribuirá na proporção de um terço no cálculo do total de votos de cada candidato. A apuração será realizada no Centro de Ensino de Graduação (Cegoe) da UFRPE, e terá início logo após o encerramento da consulta. Em virtude de as apurações serem parciais, o resultado final está previsto para a manhã do dia 23 de setembro. É importante lembrar aos eleitores que para votar é necessário levar documento com foto e CPF. No caso do Codai, é exigido documento com foto e RG.
Entre os principais tópicos discutidos pelos candidatos está o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como vestibular da instituição e o ingresso da UFRPE no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Para Fábio Hazin e Hélio Cabral, o uso do Sisu faz com que muitos alunos acabem escolhendo o curso pela nota e não pela aptidão, gerando um grave problema de evasão nos cursos. Reginaldo Barros acredita que o sistema precisa ser reformulado. Já Maria José de Sena acredita que o Sisu seja uma sistema benéfico, mas que deve já está sofrendo um  uma aperfeiçoamento. Conheça a seguir um pouco mais dos candidatos e algumas de suas propostas.
Perfis
Maria José de Sena - Pró-Reitora de Ensino de Graduação (número 20)
Maria José de Sena destacou o fortalecimento do ensino, a capacitação e va­lo­rização do ser­vidor técnico e docente dentro da universidade.
 “A­cre­di­tamos na importância do for­­­tale­ci­men­to e atendimento dos estudantes e egressos. Bus­caremos implantar novos cursos de graduação e pós graduação, além da instalação de um programa de combate à evasão”.
Reginaldo Barros - Vice-Reitor da universidade (número 40)
Reginaldo Bar­ros destaca a reformulação de­mocrática da es­tatuinte, uma vez que a atual data de 1975.
“A defasagem é  gran­de. Hoje, a universidade precisa ser mo­dernizada. Tam­bém pretendo fazer um levantamento criterioso das obras inacabadas e mencionar o motivo delas não estarem em andamento, além de apoiar a criação da unidade Dom Agos­tinho Ikas”.

Fábio Hazin - diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura (número 60)
Fábio Hazin pa­u­­­tou a sua campanha pela participação da comunidade.
 “Ho­je, as gran­des decisões que en­volveram a universidade, desde as deci­sões orçamen­tárias até a a­desão ao Sisu, aconteceram sem uma decisão democrática. Nossa campanha tem o título Participação, Transparência e Eficiência. Também queremos reformar o estatuto e do regimento”.

Hélio Cabral - Professor do Departamento de Química (número 68)
Para Hélio Ca­bral, a UFRPE trabalha para as oligarquias a­grárias do Es­tado, perfil que precisa ser mo­dificado. “Que­re­mos que a uni­versidade volte a trabalhar para os trabalhadores.
Defendo que os técnicos e alunos tenham mais vez. Entre as ações que pretendo implementar, está a ampliação das residências de estudantes e tornar público o restaurante universitário”.
Folha de Pernembuco
 

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