Vencedor vai gerir a instituição entre 2012 e 2016 |
JÚLIA VERAS
A comunidade acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), composta de quase 20 mil pessoas, vai hoje às urnas para decidir quem será o novo reitor da instituição de ensino.
A votação ocorre das 8h às 22h, no campus-sede, nas unidades do Interior, nos campi avançados, no Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai) e nos polos de Ensino a Distância, que incluem locais na Bahia, Ceará, Paraíba e Tocantins. Para o pleito, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disponibilizou 74 urnas, sendo a maioria eletrônicas e a algumas de papel, para os estudantes dos polos a distância mais distantes.
Na eleição de hoje será escolhido aquele que irá gerir a instituição de 2012 a 2016. Os eleitores irão escolher entre quatro chapas concorrentes, por ordem numérica. A número 20 é composta por Maria José de Sena (reitora) e Marcelo Brito Carneiro Leão (vice-reitor); a número 40, composta por Reginaldo Barros (reitor) e Joaquim Evêncio Neto (vice-reitor); número 60, composta por Fábio Hissa Vieira Hazin (reitor) e Ângelo Brás Callou (vice-reitor); e a chapa de número 68, composta por Hélio Cabral Lima (reitor) e Delio Mendes da Fonseca Silva Filho (vice-reitor).
Segundo informações da assessoria de Imprensa da UFRPE, podem votar todos os docentes, estudantes e técnicos-administrativos da instituição, sendo que cada segmento contribuirá na proporção de um terço no cálculo do total de votos de cada candidato. A apuração será realizada no Centro de Ensino de Graduação (Cegoe) da UFRPE, e terá início logo após o encerramento da consulta. Em virtude de as apurações serem parciais, o resultado final está previsto para a manhã do dia 23 de setembro. É importante lembrar aos eleitores que para votar é necessário levar documento com foto e CPF. No caso do Codai, é exigido documento com foto e RG.
Entre os principais tópicos discutidos pelos candidatos está o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como vestibular da instituição e o ingresso da UFRPE no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Para Fábio Hazin e Hélio Cabral, o uso do Sisu faz com que muitos alunos acabem escolhendo o curso pela nota e não pela aptidão, gerando um grave problema de evasão nos cursos. Reginaldo Barros acredita que o sistema precisa ser reformulado. Já Maria José de Sena acredita que o Sisu seja uma sistema benéfico, mas que deve já está sofrendo um uma aperfeiçoamento. Conheça a seguir um pouco mais dos candidatos e algumas de suas propostas.
Perfis
Maria José de Sena - Pró-Reitora de Ensino de Graduação (número 20)
Maria José de Sena destacou o fortalecimento do ensino, a capacitação e valorização do servidor técnico e docente dentro da universidade.
“Acreditamos na importância do fortalecimento e atendimento dos estudantes e egressos. Buscaremos implantar novos cursos de graduação e pós graduação, além da instalação de um programa de combate à evasão”.
Reginaldo Barros - Vice-Reitor da universidade (número 40)
Reginaldo Barros destaca a reformulação democrática da estatuinte, uma vez que a atual data de 1975.
“A defasagem é grande. Hoje, a universidade precisa ser modernizada. Também pretendo fazer um levantamento criterioso das obras inacabadas e mencionar o motivo delas não estarem em andamento, além de apoiar a criação da unidade Dom Agostinho Ikas”.
Fábio Hazin - diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura (número 60)
Fábio Hazin pautou a sua campanha pela participação da comunidade.
“Hoje, as grandes decisões que envolveram a universidade, desde as decisões orçamentárias até a adesão ao Sisu, aconteceram sem uma decisão democrática. Nossa campanha tem o título Participação, Transparência e Eficiência. Também queremos reformar o estatuto e do regimento”.
Hélio Cabral - Professor do Departamento de Química (número 68)
Para Hélio Cabral, a UFRPE trabalha para as oligarquias agrárias do Estado, perfil que precisa ser modificado. “Queremos que a universidade volte a trabalhar para os trabalhadores.
Defendo que os técnicos e alunos tenham mais vez. Entre as ações que pretendo implementar, está a ampliação das residências de estudantes e tornar público o restaurante universitário”.
Folha de Pernembuco
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